Ociosidade das indústrias frigoríficas
A diversificação de óleos vegetais para a produção do biodiesel foi um dos assuntos tratados pelos representantes da Câmara Setorial de Oleaginosas e Biodiesel reunidos nesta quarta-feira (19/08), em Brasília.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está coordenando os estudos das potencialidades agrícolas regionais e fortalecimento da pesquisa para aumentar a utilização de palmáceas consideradas estratégicas, como o inajá, macaúba, tucumã e o pinhão-manso, desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O presidente da Câmara Setorial, Denílson Ferreira, destacou a importância do aumento da oferta de óleos vegetais de diferentes origens agrícolas com maior potencialidade produtiva e que, a médio e longo prazos, sejam alternativas econômicas também para a produção de biodiesel.
O pesquisador João Luís Nunes Carvalho apresentou os resultados preliminares de estudo sobre sustentabilidade da produção de biodiesel de soja, realizado pela União Brasileira de Biodiesel (Ubrabio). O objetivo do trabalho é a busca de subsídios técnicos para a produção brasileira de biocombustível e a conquista do mercado comum europeu, que adota diretrizes de sustentabilidade.
Mercado do biodiesel - Atualmente, o Brasil é um dos maiores produtores de biodiesel, ao lado dos Estados Unidos, Alemanha, França e Argentina. Em 2008, produziu 1,1 bilhão de litros e a previsão para este ano é chegar a 1,6 bilhão de litros. O governo federal e a iniciativa privada estudam a possibilidade de antecipar a mistura obrigatória de 5% (B5) de biodiesel ao óleo diesel mineral, a partir de 2010. Este percentual equivale a adicionar mais 400 milhões de litros à produção nacional. Desde 1º de junho deste ano, vigora a mistura de 4% (B4) no biodiesel comercializado no País, que é produzido a partir de oleaginosas como a soja e gorduras animais.
Inez De Podestà
Mapa
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura