Reunião sobre cereais de inverno em SP
A demanda por plantas medicinais vêm crescendo no Brasil e em todo o mundo. Com isso a oferta tende a aumentar. O aumento na oferta precisa ser acompanhado de aumento na qualidade dessas plantas.
Uma das primeiras etapas a seguir para se produzir plantas medicinais de qualidade é assegurar a identidade botânica, definida pelo nome científico (binômio latino), determinado por profissionais com experiência na área de sistemática vegetal.
As plantas têm nome científico e nome popular. O uso somente do nome popular pode provocar confusão, pois há mais de uma planta com o mesmo nome popular, com diferenças na composição química e no uso terapêutico. Com o uso do nome popular apenas há o risco de se utilizar uma planta que não possui o princípio ativo preconizado e o efeito terapêutico esperado. Pode, inclusive, haver problema de intoxicação em função do uso da planta errada e ou do órgão errado.
A erva-cidreira, a erva-doce e o anis são alguns exemplos. Com o nome de erva-doce há duas espécies:
Mill. e
L. Elas tem frutos morfologicamente similares (aquênios), ambas contém anetol no óleo essencial, o que explica a similaridade no aroma. Mas há componentes específicos a cada uma que conferem outros efeitos terapêuticos. As duas espécies diferem no aspecto morfológico, especialmente no porte, cor das flores e forma das folhas
Mill. e
L. são espécies aromáticas exóticas da mesma família botânica: apiaceae. À
, também conhecida pelos nomes de anis-verde e anis, é atribuída origem asiática. A maior parte dos frutos secos (vulgarmente denominados de sementes) de Pimpinella, comercializados no Brasil, é importada, uma vez que são raros os cultivos no país.
, também conhecido pelo nome de funcho, falso anis, finóquio e erva-doce-brasileira, é nativo na Europa mediterrânea, norte da África e Ásia ocidental, sendo amplamente cultivado em todo o Brasil, principalmente em quintais. As maiores produções brasileiras são encontradas no Paraná. Mas encontram-se também áreas de produção comercial no agreste nordestino, especialmente na Paraíba, Pernambuco e Sergipe, quase sempre em sistema de agricultura familiar e em condições de sequeiro. Foi introduzido no Brasil no início da colonização, pelos italianos, aclimatando-se tão bem que hoje é encontrado em estado espontâneo em alguns locais.
As propriedades da erva-doce, determinadas por meio de ensaios de laboratório, mostraram atividade inseticida, antifúngica, além de ser estimulante das funções digestivas, carminativo e espasmolítico. São atribuídas, ainda, ação galactogoga (que provoca ou aumenta secreção de leite), antiinflamatória, diurética e antiespasmódica (alívio de cólica em crianças). O óleo essencial da erva-doce é empregado em farmácia para conferir sabor e odor agradáveis a medicamentos e em confeitaria na fabricação de licores e guloseimas.
Pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros em Aracaju, Sergipe.
(79) 40091381 /
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