Alternativas para produção em terras baixas são apresentadas em Dia de Campo
Com a participação de cerca de 150 pessoas, foi realizada mais uma edição do Dia de Campo Regional do convênio Embrapa/Irga
O mês de fevereiro começou com boas chuvas na região do Cinturão Verde paulista, mas a partir do dia 8 de fevereiro a chuva rareou e o calor aumentou por todo o estado. A falta de chuva e o forte calor ocasionaram a diminuição da umidade no solo, principalmente na área do Cinturão Verde de São Paulo, conhecido pela produção em grande escala de hortaliças, o que deixou o produtor rural apreensivo com a qualidade dos produtos.
Além do baixo nível de pluviosidade, outro fator que contribui com a queda da produção é a alta temperatura. “Quando está muito calor, as hortaliças necessitam de irrigação para diminuir a temperatura das folhas. Se continuar com a seca, podemos ter problemas nas produções”, explica Juliana Geseíra, engenheira agrônoma do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes.
O surgimento de pragas, que é consequência da alta temperatura, é um fator que preocupa os produtores no desenvolvimento de suas lavouras. “Com o tempo abafado, a tendência é aumentar a irrigação. A umidade aliada à alta temperatura contribui na proliferação das pragas”, afirma a especialista.
Em janeiro a região do Cinturão passou por momento adverso. Nas três primeiras semanas do mês choveu muito e os produtores perderam 60% de suas produções por conta do excesso de água.
De acordo com a meteorologista da Climatempo, Camila Ramos, neste finalzinho de fevereiro a chuva retornou de forma volumosa na região de Mogi das Cruzes e ao cinturão verde paulista, o que vai ajudar a aumentar a disponibilidade de água no solo da região. “Não foi uma chuva excessiva a ponto de causar prejuízos e tampouco alagar as lavouras”, ressalta Ramos.
Segundo a engenheira agrônoma, a região passou por um momento de crise em 2014, quando o governo lacrou as bombas em lugares sem outorga. “Teve produtor que precisou parar a produção por conta da água, outros tiveram que sair do campo aberto e começaram a plantar em estufas”, conta. O momento, por enquanto, não é parecido com o de três anos atrás porque há um armazenamento de água, mas é bom que volte a chover.
A tendência é que o mês de março comece com chuvas regulares na primeira quinzena, segundo a Climatempo. Já a segunda quinzena será de tempo seco. De uma forma geral, o mês vai terminar com chuva dentro da normalidade.
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