Brócolis precoce pode ajudar produtor a economizar em insumos e mão de obra

Variedades com ciclo médio de 60 a 70 dias podem são alternativas que ajudam a diminuir o custo e obter um retorno mais rápido do investimento

08.12.2021 | 17:13 (UTC -3)
Juliana Bonassa

Em 2021 o aumento nos preços de insumos, como fertilizantes e defensivos, foram alguns dos principais responsáveis pelo aumento dos custos da produção agrícola no Brasil. Para o produtor de brócolis, uma alternativa é utilizar materiais precoces, com ciclo médio de 60 a 70 dias.

As principais regiões produtoras hoje são a Serra Gaúcha, a Grande Curitiba, o Cinturão Verde de Santa Catarina, o Sul de Minas e São Paulo, mas possui aptidão para ser plantado em quase todo o território brasileiro, já que carrega consigo ótima estabilidade e alta rusticidade da cultivar, o que permite o plantio sob diferentes solos e condições de clima.

Segundo o coordenador de Culturas da TSV Sementes, Osvânder David, a arquitetura compacta de materiais como a cultivar Master, proporciona ao produtor vantagens quanto ao manejo nutricional e sanitário da lavoura. “A cultivar Master apresenta floretes bem definidos, granulometria média, alto rendimento, peso, boa tolerância a doenças foliares, oferecendo bom aproveitamento comercial da lavoura mesmo plantada sob condições de clima adverso. O híbrido também é tolerante a vários defeitos fisiológicos que afetam a espécie como talo oco, brotações laterais e folhas na cabeça”.

Para o gerente de Compras da empresa Foga e Furquim, de Cambuí (MG), Cleiton José Bueno, o brócolis Master veio para mudar o cenário da cultura, principalmente no verão. “A precocidade é uma grande vantagem do Master sobre as demais variedades, pois dificulta o ataque de pragas e traz uma significativa redução em adubação, irrigação, consumo de óleo diesel e necessidade de mão de obra, além da opção de mais um ciclo no ano, ao invés de três, conseguimos fazer quatro”, detalha.

O comprador destaca qualidades como a formação de cabeça bem arredondada e sua aptidão para o embandejamento. “Ele fica bem assentado na bandeja e tem excelente aceitação nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e algumas cidades do Nordeste para onde enviamos”, acrescenta Bueno. 

Da mesma opinião compartilha o produtor de brócolis de Congonhal (MG) Gilberto Ferreira de Araújo. “Com a alta dos preços do adubo e do óleo diesel, você consegue eliminar 20 dias ou até mais de colheita. É um material que eu estou indicando para todos os meus amigos e parceiros, pela robustez, peso, com uma média de 450 gramas, que é o padrão para quem trabalha com bandeja, e a possibilidade de plantar o ano inteiro. Como produtor e consumidor, acho que é um dos melhores materiais do mercado hoje”.

O consultor técnico de vendas do distribuidor regional Agropecuária Parada do Colono, Antonio Rothman, cita a produção de brócolis Master em Içara (SC), que passou por várias interferências climáticas, intercaladas durante o ciclo com períodos de frio extremo e seco no último inverno e, mesmo assim, os resultados foram positivos quando comparado ao seu principal concorrente.

“Mesmo o clima sendo favorável ao outro material, o Master se se sobressaiu na qualidade e precocidade, com boa formação de cabeça, cabeça uniforme, planta perfeita e poucos sintomas de manchas bacterianas”, detalha Rothman.

 “O produtor precisa de um material em que ele possa colocar confiança em investir o seu dinheiro, sabendo que vai conseguir plantar, colher e vender para poder ter a sua receita. E o brócolis Master veio para contribuir com a região do Sul de Minas como uma ferramenta que resolveu diversas questões com as quais os produtores vinham sofrendo”, comenta o consultor Técnico da Agifértil, Sivaldir da Silva Santos parceiro da TSV Sementes no Sul de Minas, Capital e região de Mogi das Cruzes.

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