Agronegócio evita queda ainda maior do PIB

29.05.2015 | 20:59 (UTC -3)

A agricultura, mais especificamente a safra de grãos, impediu que o declínio de 0,2% no PIB do primeiro trimestre de 2015, anunciado pelo IBGE nesta sexta-feira, fosse ainda mais profundo. Impulsionada pela soja, a agropecuária apresentou elevação de 4,7%, enquanto a indústria registro retração de 0,3% e os serviços amargaram recuo de 0,7%. “Foi um resultado excepcional e mostra, mais uma vez, que o agronegócio continua sendo a principal sustentáculo da economia brasileira. Em função disso, o segmento precisa ser considerado prioritário na formulação das políticas públicas”, comentou Luiz Cornacchioni, diretor-executivo da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio.

Apesar desse dado positivo registrado pelo segmento do agronegócio, Cornacchioni salienta que o cenário de médio prazo aponta para algumas complicações. “Teremos um ano difícil pela frente em função de que as commodities entraram num processo de preços declinantes. Além disso, o produtor vai encontrar preços elevados na compra dos principais insumos para as próximas safras, uma vez que boa parte desses insumos tem sua cotação em dólar, que está num viés de alta”, comenta o executivo da Abag. Outro aspecto que preocupa Cornacchioni é a forte queda nos investimentos apontada pela mesma pesquisa do IBGE. “Isso significa investimentos insuficientes para, por exemplo, ampliar e modernizar a infraestrutura de transporte e logística, que é fundamental para o escoamento da safra”, complementa.

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