De que modo os fungicidas agem no controle de fitopatógenos na cultura da cana-de-açúcar e podem induzir respostas fisiológicas nas plantas que resultem em aumento da produtividade.
O setor canavieiro sempre esteve focado no uso de clones ou genótipos resistentes para o controle das principais doenças como mosaico, carvão, escaldadura, podridão vermelha, podridão abacaxi, estria bacteriana ou estria vermelha, mancha anelar, mancha estrita ou cercosporiose, mancha ocular ou helmintosporiose, ferrugem parda e ferrugem alaranjada. De todas as doenças a mais temida é a ferrugem alaranjada (Puccinia kuehnii), pela disseminação pelo vento e por encontrar condições de disseminação e infecção favoráveis no Sudeste brasileiro, notadamente, em Minas Gerais e São Paulo, dois grandes estados produtores.
As temperaturas que ocorrem em ambos os estados favorecem a infecção e os ciclos secundários dos fitopatógenos. Basta ocorrer molhamento foliar favorável (acima de seis horas de folha molhada) e temperaturas entre 20°C - 30°C e alguma nova doença pode emergir e alterar o programa de manejo sustentável das doenças na cultura, como ocorreu na década de 1980, quando o carvão da cana-de-açúcar afetou canaviais dos dois estados produtores, em função do plantio de materiais suscetíveis como o argentino NA5679. A estria vermelha ou estria bacteriana tem aumentado o aparecimento ou incidência e severidade nos canaviais devido à sua ocorrência também em outros cultivos de gramíneas. A Tabela 1 apresenta a ocorrência das doenças na cultura, agente causal, favorabilidade e principais estratégias de manejo utilizadas.
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