Adidos agrícolas: última fase de preparação
Levantamento feito pela ANPII, junto às empresas associadas, revela que mais produtores aderiram a Fixação Biológica de Nitrogênio e a expectativa para esse ano é um crescimento de 15% na utilização do insumo.
Segundo estimativas feitas pela Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), o uso de inoculantes nas culturas de soja aumentou 8,6% em relação a 2008. No entanto, a área plantada da leguminosa sofreu um tímido aumento de 2% nesse período. Este quadro mostra que houve uma maior conscientização dos agricultores, trazendo plantadores de soja que não utilizavam o inoculante para o grupo dos que se beneficiem desta tecnologia. De acordo com a associação, a expectativa para 2010 é que haja uma elevação ainda maior, chegando a 15%.
A previsão positiva se dá pelas boas condições de produtividade da soja, que segundo a Conab pode alcançar 65,1 milhões de toneladas, em mais de 20 milhões de hectares, e que de acordo com estimativas do IBGE, deve aumentar em 14,4% na comparação com a safra anterior. Outro fator que também é responsável pelas boas previsões é a conscientização dos agricultores. “Quando os produtores se deparam com os resultados de pesquisas que comprovam as vantagens econômicas, uma economia estimada em mais de 4 bilhões de dólares, e ambientais da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), eles passam a usar o inoculante”, esclarece o engenheiro agrônomo e consultor da ANPII, Solon de Araújo.
O levantamento feito pela associação mostra que nos quatro primeiros anos da década, o aumento nas vendas de inoculante esteve intimamente ligado ao crescimento da área plantada com soja. Em 2005, a área de soja aumentou, mas houve uma queda acentuada no uso de inoculante. Os anos de crise de agricultura levaram o agricultor a abandonar muitas tecnologias, havendo uma regressão tecnológica na maioria das lavouras. Assim, em 2005 houve uma queda de 30,5% no uso de inoculantes em relação ao ano anterior, enquanto a área de soja cresceu 8,4%.
Já em 2006, outra queda brusca no consumo de inoculante fez cair as vendas em mais de 28%, em relação a 2005, enquanto a área de soja diminuía apenas 5,7%. A partir de 2006, a área de soja estabilizou-se, até 2009, em torno dos 21 a 22 milhões de hectares, enquanto o inoculante iniciou um constante e sustentável aumento em seu uso nas lavouras. De 2006, pior ano da década, para 2007 houve um aumento de 13,5%. Já de 2007 para 2008 o aumento foi mais significativo, de 24,6%, chegando a venda de 18 milhões e trezentas mil doses de inoculante.
Lívia Mota
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