SC Safra 2025/26: queda nos preços do arroz preocupa produtores
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O trigo antigo italiano voltou ao centro das atenções. Apesar da baixa produtividade, essas variedades oferecem benefícios agronômicos e de mercado que podem fortalecer cadeias de produção sustentáveis. Levantamento reuniu dados históricos, produtivos e econômicos de 34 cultivares antigas, concentradas principalmente na Toscana e na Sicília.
Com altura de até 180 cm, os trigos antigos apresentam plantas mais altas e menos produtivas que as modernas. As produtividades variam entre 1,4 e 4,8 t/ha. A altura favorece a competição com plantas daninhas. A rusticidade garante resistência a estresses climáticos e doenças. Esses fatores os tornam ideais para sistemas de baixo uso de insumos e agricultura orgânica.
Essas variedades exigem menos fertilizantes e são adaptadas a solos pobres e regiões marginais. Em áreas montanhosas da Sicília e dos Apeninos, culturas como Timilia, Solina d’Abruzzo e Verna seguem ativas, protegidas por legislações regionais ou selos como Slow Food e PAT.
No mercado, as farinhas de trigos antigos alcançam preços entre € 3 e € 7,55 por quilo. O valor reflete métodos artesanais, uso de moinho de pedra, cultivo orgânico e pertencimento a cadeias curtas. Produtos típicos valorizam esses grãos. Timilia entra no tradicional “pane nero di Castelvetrano”; o trigo Majorca, em doces sicilianos. Na Toscana, Verna compõe o pão DOP local.
Apesar das vantagens, dados sobre o impacto ambiental das variedades antigas ainda são escassos. Faltam análises comparativas com trigos modernos usando métodos como Avaliação de Ciclo de Vida (LCA).
Também há lacunas sobre parâmetros tecnológicos como peso do hectolitro (TW) e peso de mil grãos (TKW). Variedades como Perciasacchi e Senatore Cappelli apresentam bons resultados nesses índices, mas outras mostram rendimento abaixo do ideal para moagem.
Outras informações em doi.org/10.3390/agriculture15222375
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