Estudo revela como o milho atrai a lagarta-do-cartucho
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O Brasil zerou a importação de cebola em outubro devido à alta na produção nacional, situação que não ocorria para o mesmo mês desde 2007. A interrupção das compras internacionais é explicada pela oferta elevada vinda do Cerrado, cuja colheita se estende até o início de novembro. O cenário de um mercado interno amplamente abastecido se dá em meio ao avanço da colheita da cebola catarinense. Esses dados são do Boletim Agropecuário de novembro, publicação mensal produzida pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa).
O preço médio pago ao produtor segue sem novas referências desde junho de 2025, quando a saca de 20 quilos foi cotada a R$30,29, em valores nominais. No atacado, os valores permaneceram estáveis em relação a setembro, com leve alta de 9,49%, chegando a R$ 41,06.
A expectativa é que a produção do Sul do país comece a suprir o mercado nacional nas próximas semanas. Em Santa Catarina, as condições de armazenamento favorecem que os agricultores segurem parte da safra para aproveitar preços mais competitivos em períodos de menor oferta em 2026.
A analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Lillian Bastian, explica que a colheita das áreas de cebola precoce já começou em alguns municípios, mas que grande parte desse volume inicial está sendo direcionada ao armazenamento. “A estratégia dos produtores é aguardar um cenário de preços mais favoráveis, algo considerado provável diante do recuo da oferta nacional previsto para as próximas semanas”, enfatiza.
A projeção é que a valorização ocorra de forma gradual, com possibilidade de preços mais atrativos ao longo do primeiro trimestre de 2026, período em que o mercado historicamente registra menor disponibilidade do produto.
As estimativas de produção da cebola catarinense apontam para um crescimento de 7,30%, 40 toneladas a mais do que na safra anterior. Esse avanço não está relacionado ao aumento da área plantada, que subiu apenas 1,41%, mas aos ganhos de produtividade previstos em regiões como Ituporanga, Rio do Sul e Canoinhas, com projeções de aumento de 10,04%, 11,03% e 8,09%, respectivamente. As lavouras se encontram, em sua maioria, em boas condições e na fase de frutificação.
Lillian acrescenta que as perspectivas para a safra catarinense são bastante positivas, tanto em volume quanto em qualidade. “A região de Ituporanga, que é o principal polo produtor de cebola do estado, apresenta lavouras em excelente condição, resultado de um ciclo favorecido pelo clima e pelo manejo adequado”, ressalta.
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