Estudo revela como o milho atrai a lagarta-do-cartucho
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A China voltou a comprar soja dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) confirmou a venda de 792 mil toneladas na semana. A tendência é de novos volumes nos próximos dias.
Em Chicago, o mercado tenta manter a cotação acima de US$ 11,50 por bushel para contratos a partir de janeiro. O contrato julho/26 superou US$ 11,70. A colheita americana atinge 98% da área, segundo o USDA. A estimativa da safra foi reduzida para 115,75 milhões de toneladas. No mês de setembro, o número era 117,1. Em 2024, a produção alcançou 119,1 milhões.
Mesmo com a revisão, o mercado esperava corte maior. Algumas projeções apontavam 112 milhões. Diante disso, produtores indicam possível redução de área plantada em 2026/2027.
No Brasil, os preços da soja nos portos superam R$ 145 por saca. O plantio nacional avança. Chegou a 70%, ante 62% na semana anterior. Em 2024, o índice era 80% e a média histórica, 75%. A comercialização da safra atual alcança 79,3%, com 136 milhões de toneladas vendidas. A nova safra tem 25,4% negociada. Em 2024, eram 36%.
O alerta recai sobre o risco de venda concentrada na colheita, o que pressiona preços. A exportação brasileira soma 102,9 milhões de toneladas até novembro, ante 95,6 milhões em 2024. Desse total, 81 milhões foram para a China. O complexo soja - grão, farelo e óleo - acumula 126,1 milhões de toneladas embarcadas.
A receita nas duas primeiras semanas de novembro atingiu US$ 1,32 bilhão, ou R$ 7 bilhões. A safra brasileira 2025/26 pode atingir entre 175 e 180 milhões de toneladas, com área estimada entre 49 e 50 milhões de hectares.
Na Argentina, o excesso de chuvas atrasou o plantio. A previsão é de avanço apenas em dezembro e janeiro.
O milho americano já tem 90% colhido. Em Chicago, os contratos se sustentam: dezembro a US$ 4,30 e julho/27 perto de US$ 5. No Brasil, o plantio da primeira safra atinge 90%, com lavouras em boas condições.
As exportações de milho alcançaram 32,5 milhões de toneladas. Em novembro, 2,6 milhões já foram embarcadas. A receita chega a US$ 586 milhões no mês.
O consumo interno segue fraco. Indústrias de ração indicam férias e manutenção de equipamentos em dezembro. Com juros elevados, o custo de carregamento desestimula estoques.
A safrinha tem 80 milhões de toneladas negociadas, 70,6% do total. Ainda restam 39,4 milhões de toneladas livres, somando milho verão e safrinha.
O trigo enfrenta cenário oposto. Em Chicago, o contrato dezembro tenta manter US$ 5,40. Posições para 2026 se aproximam de US$ 5,86. No Brasil, a colheita passa de 90%.
No Paraná, 98% da área foi colhida. No Rio Grande do Sul, o índice passa de 70%. A safra nacional pode ser recorde, mas o mercado segue parado.
Moinhos focam na importação. O Brasil já internalizou 6,1 milhões de toneladas em 2025. O recorde anterior era 5,9 milhões.
O arroz continua no menor patamar do ano. A saca vale entre R$ 53 e R$ 56 no Rio Grande do Sul. O plantio supera 80% da área. A expectativa é de redução da área para menos de 900 mil hectares.
A produção segue com boas condições hídricas. Em Tocantins, apenas 10% da área foi plantada. Os preços no varejo variam entre R$ 9,89 e R$ 26 para o pacote de 5 kg.
O feijão enfrenta queda de área. A primeira safra pode não ultrapassar 700 mil hectares. Em 2024, foram 908 mil.
No Paraná e outros estados, o frio e as chuvas comprometem o desenvolvimento. A produção pode não atingir 800 mil toneladas, abaixo das 1,06 milhão de 2024.
O feijão carioca vale de R$ 185 a R$ 220. O nobre alcança R$ 270. O preto varia de R$ 125 a R$ 140. O produtor investe no feijão mungo, voltado à exportação.
Por Vlamir Brandalizze - @brandalizzeconsulting
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