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Goiás segue ampliando seu protagonismo no agronegócio brasileiro. De acordo com a 73ª edição do informativo Agro em Dados, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), o estado registrou novo recorde nas exportações do complexo soja, com 12,4 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e agosto de 2025 - alta de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O desempenho garantiu a segunda colocação nacional no ranking de exportações, atrás apenas do Mato Grosso. O resultado reflete não apenas o aumento da produção, mas também o fortalecimento da indústria de processamento, a posição geográfica estratégica e os investimentos em infraestrutura logística que facilitam o escoamento da safra.
Na safra 2024/25, Goiás também se destacou na produção, com 20,7 milhões de toneladas de soja, superando o Paraná e assegurando novamente o segundo lugar nacional, segundo dados da Conab. O estado registrou ainda a maior produtividade do país, com média de 69,7 sacas por hectare — 9,4 sacas acima da média brasileira.
O bom desempenho foi impulsionado por avanços tecnológicos no manejo e pela maior adoção de cultivares resistentes, que contribuíram para ganhos consistentes de eficiência.
No mercado físico, contudo, o cenário é de pressão sobre as margens. Em setembro, o preço médio nacional da soja foi de R$ 138,77/saca, queda de 1,2% em relação a agosto e 0,8% abaixo do registrado em setembro de 2024 (Cepea/Esalq). O aumento dos custos de produção, especialmente de fertilizantes, e o custo elevado do capital devem exigir maior cautela dos produtores.
Diante desse contexto, a comercialização escalonada e uma gestão financeira mais rigorosa surgem como estratégias essenciais para preservar a rentabilidade da safra.
Desde a safra 2022/23, Goiás vem se consolidando como uma das principais potências do milho safrinha. Na temporada 2024/25, o estado manteve a segunda posição nacional em produtividade, com 6,4 toneladas por hectare. Os municípios de Rio Verde e Jataí figuram entre os maiores produtores do país, ocupando, respectivamente, a terceira e a quinta colocação no ranking nacional.
Apesar da boa performance produtiva, o mercado enfrenta pressões baixistas nas cotações, resultado da ampla oferta global após safras satisfatórias em países concorrentes. Como consequência, os estoques finais brasileiros cresceram fortemente, passando de 1,9 milhão para 12,8 milhões de toneladas entre as safras 2023/24 e 2024/25, conforme a Conab.
Diante desse cenário, especialistas recomendam equilíbrio nas comercializações e avaliação de operações de hedge e proteção de preços para mitigar riscos, sobretudo em um momento em que a nova safra tende a apresentar produção menor, mas maior área plantada.
Enquanto o Brasil registrou retração no faturamento e no volume exportado de milho e seus derivados entre janeiro e agosto de 2025, Goiás seguiu na contramão, com aumentos de 49,1% em valor e 44,6% em volume.
O desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento das aquisições do Irã (+1.104,2%), Bangladesh (+149,3%), Vietnã (+47,9%), China (+24,3%), além da entrada do Egito entre os destinos compradores.
Os dados reforçam a consolidação de Goiás como um dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro, com competitividade crescente e forte integração entre produção, indústria e logística.
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