La Niña é confirmada pela NOAA em 2025
Fenômeno deve durar até fevereiro de 2026 e alterar o regime de chuvas no Brasil
O Governo de Minas Gerais e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais assinaram hoje (13/10) um Protocolo de Intenções junto ao setor produtivo do agronegócio mineiro para prevenir incêndios no meio rural. O estado possui a maior área plantada de florestas do país, com mais de 2,3 milhões de hectares, além de áreas extensas de unidades de conservação e cultivos.
“Com um clima marcado por períodos de seca como o que estamos passando, o estado se torna vulnerável à ocorrência dessas queimadas. A prevenção de incêndios no meio rural exige um esforço coletivo, pautado pela educação, planejamento e responsabilidade ambiental”, avaliou o secretário de agricultura, Thales Fernandes.
Entre os representantes do agronegócio presentes na solenidade estiveram o Sistema Faemg Senar, a Associação Mineira da Indústria florestal (Amif), o Sistema Ocemg, a Associação da Indústria da Bioenergia e do Açúcar de Minas Gerais (Siamig Bioenergia) e a Empresa de Assistência Técnica de Minas Gerais (Emater-MG).
O protocolo reforça o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a capacitação de brigadas rurais, compartilhar os focos de calor mapeados e integrar esforços para fortalecer a resiliência das comunidades frente aos incêndios florestais.
Segundo a comandante geral do Corpo de Bombeiros de MG, coronel Jordana Filgueiras, a parceria visa a atuação de forma mais coordenada, prevenindo cada vez mais os incêndios florestais em áreas rurais, auxiliando na preservação da diversidade e da sustentabilidade do agro.
A iniciativa ainda busca alinhar estratégias de comunicação, educação ambiental e políticas públicas voltadas à sustentabilidade, criando uma rede colaborativa entre governo, produtores e sociedade civil para enfrentar os desafios causados pelas queimadas no campo.
De acordo com estudos da Emater-MG, somente nos meses de agosto e setembro do ano passado, o impacto financeiro estimado com os incêndios no meio rural alcançou R$ 1,2 bilhão. A área atingida, no período, ultrapassou 305 mil hectares em todo o estado, alcançando desde matas nativas, florestas plantadas, plantios de cana-de-açúcar, café, fruticultura, pastagem e outras culturas.
Os incêndios na cobertura vegetal causam impactos severos em diversos tipos de cultivo. Lavouras perenes como o café, por exemplo, são totalmente inviabilizadas, exigindo replantio. Pastagens e forrageiras sofrem com a perda do pasto, exigindo retirada do rebanho e suplementação alimentar, além de danos ao solo. Florestas plantadas perdem sua capacidade produtiva e de rebrota, também necessitando replantio. Já nas matas nativas, os prejuízos à fauna, flora e qualidade do ar comprometem a saúde humana e a produção sustentável.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura