La Niña é confirmada pela NOAA em 2025
Fenômeno deve durar até fevereiro de 2026 e alterar o regime de chuvas no Brasil
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê uma semana marcada por contrastes climáticos entre as regiões brasileiras. Entre os dias 13 e 17 de outubro de 2025, o avanço de frentes frias deve provocar chuvas fortes e risco de temporais no Sul e Sudeste, enquanto o Nordeste e parte do Centro-Oeste seguem com tempo seco e baixos níveis de umidade, que podem atingir valores críticos abaixo de 25%. Já na Região Norte, as instabilidades permanecem ativas, com acumulados expressivos de chuva em áreas do Amazonas e Acre.
Na Região Norte, áreas de instabilidade deverão se concentrar na porção Oeste, especialmente no Amazonas, sul de Roraima e Acre. Os volumes podem superar pontualmente 120 mm, mas os acumulados em 5 dias não devem ultrapassar os 20mm na maior parte da região. Em linhas gerais chove em praticamente em toda região Norte, com exceção do último dia da semana em que a chuva fica mais favorecida no Amazonas, e com tendência de baixa umidade relativa do ar no extremo norte, abrangendo o Amapá e norte do Pará, que poderá atingir níveis de até 25%.
Em grande parte da Região Nordeste não há previsão de chuva para esta semana, com acumulados de até 5mm (chuva fraca ou pancadas rápidas) devido à chuva isolada em pontos da faixa litorânea leste que se estende do RN ao sul da Bahia. Além disso, são esperados baixos índices de umidade relativa do ar na maior parte da região que compreende o sertão até todo interior, especialmente no Piauí, oeste da Bahia, grande parte do Ceará e oeste da Paraíba e Rio Grande do Norte, onde os valores ficam abaixo de 25%, pontualmente podendo ficar abaixo de 20%. Em contrapartida toda faixa litorânea deve apresentar índices de UR em torno de 50%.
Na Região Centro-Oeste, espera-se chuva bem distribuída no território nos primeiros dias da semana, com baixos acumulados, não superando os 10 mm no acumulado de 5 dias, e em algumas regiões pontuais há possibilidade de chuva mais expressiva, com acumulados totais em torno dos 20mm. Nas demais áreas do Centro-Oeste, são esperados baixos acumulados de chuva, com pancadas rápidas e localizadas. Destaca-se, também, a previsão de umidade relativa em torno de 50% durante a semana, principalmente no Mato Grosso do Sul e porção sul de Goiás e MT, entretanto o restante de Goiás e DF seguem a semana com UR baixa no período mais quente do dia, ficando abaixo de 30% a partir do dia 15.
Para a Região Sudeste, a previsão indica chuva para esta semana, especialmente em São Paulo, sul de Minas Gerais, região serrana do Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo. O avanço de uma frente fria favorece acumulados de até 100 mm, principalmente em áreas da divisa de São Paulo com o Paraná e Minas Gerais, entretanto a distribuição de chuvas indica acumulados em torno de até 20 mm na maior parte da região Sudeste. Não se descarta a possibilidade de temporais localizados com raios, rajadas de vento e possibilidade de queda de granizo no dia 14. Por outro lado, no norte de Minas Gerais, a previsão é de ausência de chuva, com a consequência de queda da umidade relativa, ficando abaixo de 25%, potencialmente abaixo de 20% no extremo norte do estado na sexta-feira, dia 17/10.
Para a Região Sul, a semana inicia com afastamento da frente fria que atuou no fim de semana, e redução da condição atmosférica de chuvas intensas, favorecendo baixos acumulados no início da semana seguido de ausência de chuvas na terça (14/10) e quarta (15/10). A partir de quinta-feira, com a organização de um novo sistema sinótico, retornam as chuvas no Sul a partir do estado do RS, com maiores acumulados de chuva à oeste do estado, podendo superar 100 mm.
No dia 17 (sexta-feira) as chuvas têm potencial mais elevado de acumulados em todo o estado (igual ou superior a 50 mm em 24h), com formação de tempestades severas, raios, granizo e rajadas de vento. A umidade relativa mais baixa prevista ao longo da semana tende a ficar em torno dos 35% nos dias 14 e 15/10 (terça e quarta-feira). Em seguida, com a entrada deste novo transiente promovendo advecção de umidade e incursão de ar mais frio, a UR volta a ficar elevada no Sul na quinta e sexta-feira, dias 16 e 17/10.
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