Inmet: previsão do tempo entre os dias 13 e 17 de outubro de 2025
Semana será marcada por contrastes climáticos, com chuvas no Sul e tempo seco no Nordeste
O retorno das chuvas entre os dias 7 e 13 de outubro trouxe alívio para grande parte das regiões produtoras do Paraná, contribuindo para a recuperação de lavouras que vinham sofrendo com o déficit hídrico. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), as precipitações favoreceram especialmente o rebrote de pastagens e o desenvolvimento de culturas como soja, milho e café. Em contrapartida, o excesso de umidade tem limitado o avanço do plantio de feijão e batata, além de comprometer a colheita de trigo em algumas localidades.
O plantio do milho verão está praticamente concluído em boa parte do Estado, com lavouras emergidas apresentando bom desenvolvimento inicial. No entanto, técnicos alertam para a necessidade de monitoramento contra pragas como cigarrinha e tripes. A adubação nitrogenada vem sendo adiada em áreas onde o solo ainda está encharcado.
Já a semeadura da soja avança de forma desigual: enquanto algumas regiões registram ritmo acelerado, outras enfrentam atrasos devido à irregularidade das chuvas no início do período e, mais recentemente, à dificuldade de acesso às áreas mais úmidas.
As lavouras de trigo estão em fase final de colheita, mas as chuvas recorrentes têm prejudicado a qualidade dos grãos, com relatos de queda no pH e aumento do volume de produto fora de padrão. Na cevada, a frutificação evolui positivamente, embora a umidade elevada tenha favorecido a incidência de doenças fúngicas.
O plantio do feijão primeira safra iniciou em ritmo lento, com atrasos provocados pelas precipitações contínuas. O Deral também registra redução da área plantada nesta temporada, reflexo das condições de mercado.
A batata enfrenta dificuldades semelhantes: o excesso de umidade tem impedido a execução de tratos culturais e atrasado o plantio em novas áreas.
Nas regiões cafeeiras, a colheita foi encerrada e as chuvas recentes estimularam intensa floração. Apesar do bom sinal, técnicos observam necessidade de acompanhamento para evitar desuniformidade e abortamento de flores em áreas que passaram por veranicos.
Na cana-de-açúcar, a colheita segue conforme o cronograma e as precipitações recentes devem favorecer o planejamento da próxima safra, com expectativa de recuperação do potencial produtivo.
A produção de banana segue com preços em alta devido à menor oferta, consequência de perdas causadas por geadas e estiagens anteriores. A expectativa é de que o equilíbrio entre oferta e demanda só ocorra ao longo de 2026.
Nos pomares de laranja, as chuvas recentes têm amenizado a baixa umidade do solo observada no início do mês, favorecendo o desenvolvimento vegetativo das plantas. Já os parreirais de uva apresentam brotação ativa, exigindo atenção redobrada para o controle de doenças fúngicas.
O arroz avança nas áreas conduzidas pelo sistema pré-germinado, mas o setor demonstra preocupação com a baixa rentabilidade, já que os preços seguem abaixo dos custos de produção.
A cebola apresenta bom desenvolvimento na fase de formação de bulbos, beneficiada pelas chuvas. A camomila, por sua vez, encerrou o ciclo de colheita e segue com comercialização gradual.
O Deral também destaca avanços pontuais em campos de Pinus recém-transplantados, com bom desempenho inicial.
As pastagens, que vinham apresentando sinais de estresse hídrico, começam a se recuperar com a regularização das chuvas. Essa melhora deve reduzir gradualmente a necessidade de suplementação alimentar do rebanho, além de favorecer a reposição de água em rios e nascentes.
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