Prazo para apresentação da declaração de ITR 2024 começa hoje
A declaração deve ser feita por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, disponível no site da Receita Federal
Uma pesquisa da Epagri registrou redução nas perdas de bulbos de cebola causadas pela podridão bacteriana quando o armazenamento desta hortaliça usa ar forçado ao invés de ventilação natural. Especialmente em anos chuvosos, a doença tem um grande impacto na cultura, com perdas médias estimadas em 20%. Isso acarreta um prejuízo médio anual de R$180 milhões para a agricultura de Santa Catarina.
De acordo com pesquisadora da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga (EEItu) e coordenadora do estudo, Renata Resende, as podridões bacterianas dos bulbos de cebola são um entrave no armazenamento. “As perdas na pós-colheita são frequentemente atribuídas a falhas no processo de cura e armazenamento. A ventilação forçada do ar durante o armazenamento, além de facilitar o processo de cura, estabiliza a temperatura e a umidade relativa ao redor dos bulbos, o que contribui para a diminuição das perdas”, explica.
Conforme Renata, a etapa de armazenamento é crucial para manter a qualidade e a longevidade da cebola. “A busca por tipos de armazenamento mais eficientes é importante, pois permite ao produtor aumentar a vida pós-colheita da cebola e escalonar a venda do produto”, salienta a pesquisadora.
Ao reduzir as perdas pós-colheita, os agricultores podem maximizar seus rendimentos e contribuir para a segurança alimentar regional. “Além disso, a minimização do desperdício de alimentos tem implicações significativas para a conservação de recursos naturais e a mitigação dos impactos ambientais associados à produção agrícola”, complementa Renata.
A pesquisa foi desenvolvida durante três safras consecutivas, entre os anos de 2021 e 2023. O objetivo foi avaliar as perdas causadas por podridões bacterianas em bulbos de cebola submetidos aos sistemas de armazenamento mais utilizados pelos agricultores familiares de Santa Catarina. O estudo foi feito em Ituporanga, Aurora, Vidal Ramos e Alfredo Wagner. O projeto contou com a colaboração de pesquisadores da EEItu e de extensionistas rurais e agricultores dos municípios citados.
Em Santa Catarina a cebola é a hortaliça que apresenta o maior valor bruto de produção agropecuária (VPA). Conforme a Epagri/Cepa, em 2023 o VPA registrado foi de R$938 milhões. O estado é o maior produtor nacional, responsável por aproximadamente 1/3 da área total plantada no país (mais de 18 mil hectares) e 1/3 da produção nacional (aproximadamente 500 mil toneladas/ano).
Além do aspecto econômico, o cultivo da cebola desempenha um importante papel social. A hortaliça é cultivada, em sua quase totalidade, pelos agricultores familiares, com mais de 8 mil famílias envolvidas diretamente na atividade.
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