Farming Simulator recebe boa avaliação em educação sobre agricultura de precisão
Foram desenvolvidas duas versões de conteúdo adicional para as versões de 2019 e 2022 do jogo, com diversas funcionalidades; número de downloads sugere boa aceitação
O PIB da Bioeconomia registrou o valor total de R$ 2,7 trilhões em 2023, atingindo 25,3% do PIB brasileiro (Tabela 1), é o que revela o Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV). A bioindústria ainda é a atividade com maior representação econômica, cerca de 46% ou R$ 1,8 trilhão. Já a bioeconomia primária representa 41% e chegou a R$ 1,1 trilhão. As duas atividades, bioindústria e bioeconomia primária , representam 87% do PIB-Bio, enquanto bioenergia e indústria com viés biológico representam, respectivamente, 5% (R$ 131 bilhões) e 8% (R$ 213 bilhões) do agregado “macrobioeconômico”.
Em termos reais, o PIB-Bio cresceu cerca de 1,03% em relação a 2023 (Tabela 2). Esse resultado representa uma recuperação parcial da queda em 2022 (–2,3%) e faz com que o indicador aproxime-se novamente da trajetória de crescimento que se estendia desde 2017. Esse resultado deve-se ao crescimento da bioeconomia primária (5,9%), enquanto as demais atividades recuaram. A bioindústria recuou cerca de 1,3% como indústria com viés biológico 0,1% e 15,1% enquanto bioenergia. Embora a bioeletricidade tenha crescido em termos reais (0,3%), a cadeia de valor de biocombustíveis recuou cerca de 17%, o que impacta o resultado da bioenergia de modo geral.
A série base fixa apresenta as trajetórias de crescimento de cada atividade que compõem o PIB-Bio e seu valor agregado. No período analisado, 2010-2023, o PIB-Bio acumula um crescimento real de 13,8% o que representa uma taxa anual média de crescimento de 0,81% (Tabela 3). No mesmo período, as atividades da bioeconomia primária apresentaram um crescimento real acumulado de 47% , o que implica um aumento da participação dentro do PIB-Bio – cerca de 41% em 2023 contra 32% em 2010. Já as demais atividades perdem participação do PIB-Bio devido ao baixo crescimento observado no período analisado. O período compreende inúmeras crises internas, pandemia de Covid-19 e instabilidade nos mercados internacionais devido às guerras.
“De modo geral, o PIB-Bio está crescendo ao longo do tempo, ou seja, a participação das atividades da bioeconomia está ganhando espaço dentro da economia brasileira. Essa maior participação se dá na cadeia da bioeconomia primária, que é composta por atividades agropecuárias, extrativismo vegetal, pesca e aquicultura. Já as cadeias da bioindústria e indústria com viés biológico apresentam de modo agregado uma maior inércia devido à dependência do mercado interno para o crescimento”, afirma Cícero Lima, pesquisador do Observatório de Bioeconomia da FGV.
O PIB da Bioeconomia considera o valor de mercado de todos os bens e serviços que integram a cadeia de valor da Bioeconomia. A construção do PIB-Bio leva em consideração parcelas importantes dos segmentos de insumos, bioindústria e serviços e do próprio valor adicionado das atividades que têm origem na Bioeconomia.
Considera-se como atividades da Bioeconomia a agricultura, pecuária, extrativismo vegetal, pesca e aquicultura, alimentos e bebidas, celulose e papel, têxteis, biocombustíveis, produtos do fumo, bem como partes das indústrias de vestuário, calçados, madeira, farmoquímicos, borracha e plástico, móveis e energia elétrica.
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