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A crise financeira no mercado global não impediu o crescimento do setor de nutrição animal em 2008. O balanço do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) revela um crescimento de 10% na produção de ração e sal mineral durante o ano, mesmo com a turbulência internacional. No total, foram produzidas 59 milhões de toneladas de ração e 2 milhões de toneladas de sal mineral.
O diretor executivo do Sindirações, Ariovaldo Zanni, explica que o setor foi beneficiado pela alta demanda nos dez primeiros meses do ano. Novembro e dezembro impactaram negativamente no balanço, mas não chegaram a afetar as previsões de crescimento na produção.
Com crescimento de 13,3% em 2008, a bovinocultura (corte e leiteira) passa por um momento de mudanças, graças à tendência observada nos últimos anos de semiconfinamento do gado. Setor em que a penetração de ração industrializada ainda é pequena, a bovinocultura já registra aumento na demanda por alimentação animal especializada, movimento que deve acelerar nos próximos anos. A produção de ração para gado leiteiro (14,4%) e de corte (11%) cresceu graças aos bons preços do leite e da carne registrados nos primeiros meses deste ano.
A expectativa do Sindirações é de que 2009 seja um ano de cautela, graças aos efeitos da crise sobre a agropecuária, principal fornecedora de insumos para a indústria de alimentação animal. “A agricultura é uma atividade muito financiada. Com a ausência de liquidez do mercado, manter a produção se torna mais difícil”, afirma Zanni.
O diretor executivo também alerta que, apesar do preço de sementes como milho e soja estarem em queda, a preocupação é com as próximas safras: “Quem cultiva essas commodities pode se sentir desestimulado a produzir, o que provocaria, no próximo ano, falta de grãos no mercado”, explica.
Outro desafio do setor é a alta carga tributária, em especial de PIS e Cofins. A indústria de nutrição animal, grande importadora de insumos, sofre com a ausência de incentivos, em especial neste momento de falta de liquidez no mercado, o que pode ter impactos negativos sobre a atividade no próximo ano.
Mesmo com esse cenário, não haverá retração no setor. Na hipótese mais pessimista, que considera que a crise perdure até o segundo semestre de 2009, a indústria de nutrição animal deve registrar estabilidade, e não queda, principalmente pelo caráter de primeira necessidade dos itens alimentares. Se houver contenção da crise no primeiro semestre de 2009, o crescimento ainda assim deverá ser de até 5%.
“Ainda mantemos nossa projeção de que, em 2010, o Brasil produzirá 70 milhões de toneladas de ração. Hoje, somos o único país com todas as condições para registrar esse crescimento, apesar de não termos incentivos para a atividade”, afirma Zanni.
Mais informações: www.sindiracoes.org.br.
Fonte: Perspectiva Assessoria de Comunicação - (11) 3073.0102
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