Seminário Mineiro de Floricultura discute sustentabilidade na produção de flores e plantas ornamentais
Os dados são do próprio Governo: o Brasil deve colher este ano 162 milhões de toneladas de grãos. O problema é: onde colocar mais esta super safra. O recomendável é que haja armazéns para, pelo menos, 1,5% a mais do que se produz, ou algo em torno dos 225 milhões de toneladas. Mas os pouco mais de 17mil armazéns ativos cadastrados no Ministério da Agricultura só comportam 133 milhões de toneladas. E a maioria deles fica nas regiões Sul e Sudeste.
O Estado do Mato Grosso, segundo maior produtor de grãos do País é um exemplo da escassez de armazéns. De acordo com o Imea, a capacidade estática de armazenagem no Estado é de 25 milhões de toneladas e a previsão é de que só as lavouras de soja produzam mais de 19 milhões de toneladas este ano.
Em Nova Mutum, os armazéns podem receber até 1,3 milhão de toneladas de grãos, o que é pouco, já que o terceiro maior produtor do MT deve colher este ano 1,2 milhão de toneladas, só de soja.
Se os poucos armazéns públicos estão lotados, a situação nas indústrias não é diferente. Para a maior delas instalada em Nova Mutum, a Bunge Alimentos, a solução veio através da parceria com o GenesisGroup, que montou o maior projeto de silos- bag até agora no País, numa área de 6 hectares da própria indústria. Com um investimento de R$ 1,5 milhão, o GenesisGroup instalou, em apenas 15 dias, 85 silos- bag, para onde foram transferidas 15 mil toneladas de grãos, abrindo espaço para a nova safra que estava entrando.
Para Henrique Victorelli Neto e Rodrigo Alves, diretores do GenesisGroup, a saída para a falta de espaço para as safras brasileiras, cada vez maiores, está mesmo nos silos-bag – sistema de armazenagem horizontal formado por uma estrutura de tubos de polietileno - que permite a utilização de espaços ociosos e dão maior agilidade à armazenagem dos grãos.
Para eles, “além de práticos, por serem instalados em pouco tempo e serem móveis, os silos- bag são um sistema de armazenagem segura. A qualidade dos grãos é garantida porque, depois do equipamento fechado, o oxigênio em seu interior é consumido rapidamente, deixando o ambiente rico em dióxido de carbono (CO²), o que inibe o desenvolvimento e proliferação de pragas e insetos”.
Segundo Rodrigo Alves, todas as etapas de armazenamento nos silos-bag feitas pelo GenesisGroup respeitam as normas de qualidade e segurança dentro dos padrões exigidos pela ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais. “Desde o embolsamento dos grãos e durante os 180 dias de armazenamento, nossos técnicos fazem um acompanhamento e controle de qualidade minuciosos, monitorando o produto todas as semanas e emitindo laudos oficiais”.
A redução dos custos é, também, uma das principais vantagens na utilização dos silos-bag. Segundo técnicos, para construir um armazém tradicional, com capacidade para estocar 150 mil sacas, por exemplo, um produtor precisaria de pelo menos R$ 2 milhões e muitos meses de espera. E enquanto algumas cooperativas gastam em torno de R$ 3 milhões com silos metálicos para armazenar os grãos recebidos, os gastos com o equipamento temporário não ultrapassariam R$ 110 mil. Ecologicamente corretos, os silos-bag, depois do período de utilização, podem ser reciclados, sem prejudicar o meio ambiente.
Para os diretores do GenesisGroup, o Brasil tem todas as condições de chegar aos mesmos patamares da Argentina, onde mais de 40% da safra são guardados em dispositivos temporários. Prova disso é a intenção do grupo de investir em novos equipamentos e disponibilizar este sistema de armazenagem para a safra 2012 não só em novas áreas do MT, mas também nas regiões onde o agronegócio mais tem crescido no País, como o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Assessoria do GenesisGroup
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