SC Safra 2025/26: queda nos preços do arroz preocupa produtores
Boletim da Epagri aponta recuo de área e produtividade, enquanto milho avança e maçã deve ter forte recuperação
As pragas continuam entre os principais desafios da cultura da soja e exigem estratégias de controle cada vez mais precisas. Para garantir a saúde das lavouras e preservar o potencial produtivo, o supervisor do Departamento Técnico da Cocari (Devet), Rodrigo Rombaldi, destaca a importância do Manejo Integrado de Pragas (MIP), abordagem que combina diferentes métodos de controle e depende intensamente do monitoramento contínuo.
Segundo Rombaldi, o MIP integra práticas culturais, químicas e biológicas para reduzir ao máximo a ocorrência de pragas. “A forma de medirmos o funcionamento e as necessidades destes métodos depende integralmente do monitoramento de pragas”, explica. Ele reforça que a observação constante da lavoura permite identificar as espécies presentes, compreender seu comportamento e determinar o momento correto de intervenção.
Entre as práticas preventivas, a rotação de culturas se destaca como medida essencial para evitar plantas hospedeiras de pragas primárias. O tratamento de sementes com ativos eficientes também contribui para reduzir danos nas fases iniciais do desenvolvimento da soja. Além disso, a dessecação pré-plantio com inseticidas pode ajudar a diminuir a população já instalada no talhão antes da emergência da cultura.
Após o plantio, o monitoramento permanece como a base do MIP. O uso do pano de batida continua sendo o método mais eficaz para avaliar a presença e o nível de infestação de pragas, embora novas armadilhas eletrônicas venham demonstrando bom desempenho. “Cada estágio da lavoura possui uma praga-chave, dependendo das condições climáticas”, afirma o supervisor.
Rombaldi lembra que lagartas do complexo spodoptera têm apresentado aumento nas últimas safras, especialmente em períodos secos. No início do ciclo, pragas secundárias como vaquinhas e metaleiros também são comuns. Já no estágio de “fechamento de rua”, a incidência de ácaros e tripes cresce — um grupo que preocupa por contar com poucas opções de controle químico.
Na fase reprodutiva, o maior desafio é o complexo de percevejos, que exige atenção ao hábito de cada espécie e ao uso de produtos com maior efeito residual. O técnico também chama a atenção para o monitoramento da mosca branca no Vale do Ivaí (PR). Embora ainda não cause danos diretos, sua presença aponta para a necessidade de evitar que insetos sugadores se tornem transmissores de doenças.
Para Rombaldi, a combinação entre vigilância constante e estratégias integradas é determinante para manter a sanidade da lavoura e garantir bons resultados ao final da safra. “O cuidado e o monitoramento são indispensáveis para que possamos agir de forma eficiente e sustentável, protegendo a cultura e garantindo o sucesso da safra”, conclui.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura