ABAG homenageia quem ajudou a mudar rumo da agricultura brasileira

26.07.2011 | 20:59 (UTC -3)

Duas personalidades, cuja atuação ao longo de sua atividade profissional contribuiu para mudar o rumo da agricultura brasileira, serão homenageadas pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), durante o 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA)¸ no próximo dia 8 de agosto, em São Paulo, no Sheraton WTC Hotel. Eliseu Roberto de Andrade Alves, pesquisador da Embrapa, receberá o Prêmio Norman Borlaug (*), na categoria Sustentabilidade. Luiz Alberto Garcia, presidente do Conselho de Administração do Grupo Algar, receberá o título Personalidade do Agronegócio. E pelos 50 anos de sua criação, a ABAG irá homenagear também a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O evento deverá reunir 800 personalidades da comunidade do agronegócio.

O engenheiro agrônomo formado pela Universidade de Viçosa, Eliseu Roberto de Andrade Alves, tem uma relação estreita com a história da pesquisa brasileira na área da produção agrícola. Foi dele a iniciativa de reformar o setor de pesquisa no Ministério da Agricultura, no início da década de 1970, ideia que resultou na criação da Embrapa, entidade que presidiu entre 1973 e 1985. O pesquisador foi ainda responsável pelo programa de exportação de frutas desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento da Irrigação do Vale do São Francisco, entidade em que também foi presidente entre 1985 e 1990. Desde então, é pesquisador da Embrapa. Aos 80 anos, atua nas áreas de política agrícola, desenvolvimento institucional e economia de produção. Eliseu Alves afirma estar “honrado” pelo prêmio Norman Borlaug, para ele, uma das personalidades que mais contribuíram para aliviar a fome no mundo.

Luiz Alberto Garcia diz ter herdado o amor pela terra de sua avó, Josefina, e dos pais, Maria e Alexandrino, que sempre moraram em propriedade rural, próxima a Uberlândia (MG). Sua paixão pelas atividades agropecuárias contribuiu para a criação da Agropecuária Brasil Central, pelo Grupo Algar. A empresa, pertencente ao conglomerado, produz óleo de soja, azeite de oliva e derivados de tomate. Em suas fazendas, mantém lavouras de soja e milho, no interior de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, onde também tem criação extensiva de gado e suínos. O empenho e dedicação ao setor fizeram de Garcia o maior produtor de abacaxi do País e um dos pioneiros na agropecuária de precisão.

A Fapesp e a atividade agropecuária sempre estiveram muito próximas, diz o professor Antonio Roque Dechen, diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). “Pode-se dizer que os 50 anos de existência da Fapesp estão relacionados aos 50 anos em que a agricultura paulista – e por consequência, a brasileira – mais se desenvolveu”, diz Dechen. Para ele, a Fapesp não é só responsável pelo avanço da produtividade de culturas, como a de soja, cana e citrus. “É responsável também pela formação de pessoas, por meio do financiamento de cursos de doutorados.”

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