Chegada da Terbutilazina ao Brasil marca uma nova era no controle de plantas daninhas, inicialmente no milho
Por José de Freitas, engenheiro agrônomo da área de Desenvolvimento de Mercado da Sipcam Nichino Brasil
Os inoculantes são insumos biológicos com microrganismos que auxiliam no desenvolvimento das plantas. Eles foram descobertos em 1891 pelos cientistas alemães Friedrich Nobbe e Lorenz Hiltner. Na época, eles isolaram e multiplicaram rizóbios, um tipo de bactéria que mostrava a capacidade de se associar com as raízes de plantas leguminosas, possibilitando a elas se nutrirem com nitrogênio do meio ambiente.
Desta descoberta surgiram os inoculantes, usados no Brasil desde os anos 1950 e atualmente oferecidos em forma líquida e turfosos. Em sua fórmula líquida, por exemplo, pode ser aplicado via semente e via sulco de semeadura. Para melhor aproveitamento do produto é importante que o agricultor siga rigorosamente as orientações dos fabricantes.
Mesmo já conhecido no mercado nacional, muitos produtores ainda têm dúvidas sobre o produto e sua utilização. Sendo assim, preparamos um guia rápido desmistificando alguns pontos e trazendo verdades a respeito desses insumos, confira:
Verdade. A nutrição vegetal acontece ao se incluir bactérias no processo de desenvolvimento das plantas. A melhora no crescimento do cultivo se dá por meio da produção de fitormônios e formação de nódulos ou simbiossomas, capazes de transformar o nitrogênio do ar em amônio mais disponível para a absorção da planta.
Mito. Suponha que temos duas opções de inoculantes para uma mesma cultura utilizando as mesmas bactérias. O produto final é distinto, uma vez que a qualidade e eficiência do inoculante está diretamente relacionada com a sua formulação. Essa formulação se encarrega de condicionar a bactéria e auxiliá-la para que fique no melhor estado fisiológico na hora de agir. Por exemplo, pode-se verificar que nem todos os inoculantes possuem a mesma contagem bacteriana, nem a mesma recomendação de aplicação, nem o mesmo tempo de prateleira (validade).
Verdade. O uso de inoculantes inibe a poluição, diminui resíduos no solo e reduz o uso de insumos. Isso acontece, pois a adição de bactérias permite melhorar o aproveitamento dos nutrientes pela cultura, melhorando assim o seu crescimento sem deteriorar o meio ambiente. É uma forma de ganhar mais e produzir com menos de forma sustentável. No caso do cultivo da soja, por exemplo, uma inoculação adequada fornece à cultura, em média, mais de 60% do nitrogênio de que necessita, reduzindo assim a utilização de ureia, o que diminui o impacto ambiental.
Esse mito está relacionado com a premissa de que nem todos os inoculante são iguais. Um inoculante que deve ser mantido resfriado teve uma formulação inadequada. Uma formulação ruim não mantém as bactérias vivas e, portanto, é compensada pela necessidade de refrigeração.
Inoculantes de qualidade são perfeitamente estáveis em condições normais. Para a conservação da qualidade do produto, as recomendações de armazenamento e uso devem ser atendidas, pois, sendo um produto biológico, não pode ser deixado ao sol ou exposto a altas temperaturas de forma diretas.
Verdade. O Cell Tech Max, por exemplo, substitui totalmente a adubação nitrogenada na cultura de soja e garante alta produtividade com baixo custo. Uma adubação de soja com 900kg de ureia tradicional custa R$ 1.820,00 por hectare. A mesma quantidade de soja adubada com inoculante tem um custo de R$ 2,50 por hectare para o produtor.
Márcio Miranda, gerente de Vendas da Novozymes BioAg
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