Plataforma de milho Bravíssima é destaque da Stara na Expointer
Lançamento traz robustez, durabilidade e soluções para aumentar rendimento e reduzir custos na colheita de milho
A produção de girassol no Brasil passa por retomada, com Goiás na liderança. É o que mostra o relatório “Brazil’s Sunflower Sector – Opportunities and Challenges in a Growing Market”, publicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O documento indica que a área plantada no país mais do que dobrou desde 2022 e deve alcançar 67 mil hectares na safra 2024/25. A produção projetada é de 99 mil toneladas, com rendimento médio de 1,6 tonelada por hectare.
O levantamento revela que Goiás superou Mato Grosso como maior produtor nacional. O estado goiano se beneficiou de clima favorável no outono, solos estruturados no Cerrado e uso de fertilizante residual da soja, reduzindo os custos de produção. Além disso, a proximidade com as indústrias processadoras e o apoio de cooperativas e empresas como a Caramuru Alimentos contribuíram para o avanço da cultura.
De acordo com o USDA, a produção de girassol no Brasil sofreu retração entre 2020 e 2021. A combinação de estiagem prolongada, aumento de 75% nos custos de produção e alta nos preços de fertilizantes (quase 140% em 2022) levou os produtores a optar pelo milho safrinha, mais rentável naquele período. Em Mato Grosso, a área plantada com girassol caiu 66%.
O relatório explica que o girassol oferece vantagens como alta tolerância à seca, menor risco climático e custos mais baixos em comparação com outras opções de segunda safra, como milho e algodão. A cultura também favorece o sistema produtivo, com raízes profundas que auxiliam na absorção de nutrientes e na ciclagem do potássio.
A análise do USDA destaca, no entanto, obstáculos que ainda limitam a expansão do girassol no país. Entre eles estão o alto custo de frete—três vezes maior que o da soja, em alguns casos—, a baixa densidade das sementes e a concentração regional da indústria processadora, quase toda instalada em Goiás.
O Brasil ainda importa sementes de girassol. Em 2024, foram 8,1 mil toneladas, 19% a menos que no ano anterior, indicando maior autossuficiência. As exportações são residuais. O óleo de girassol, por sua vez, é amplamente consumido internamente, devido à percepção de produto mais saudável. Em média, 85% da produção nacional é destinada ao refino para alimentação.
Segundo o USDA, os preços da semente variam conforme oferta local e demanda da indústria. Durante a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia, os valores dispararam. Nos últimos três anos, houve estabilização com tendência de alta leve, impulsionada pelo consumo interno.
O relatório aponta que a cultura entrou em nova fase de expansão, sustentada por maior apoio local, queda na atratividade do milho e interesse crescente por óleos vegetais mais saudáveis. A expectativa é de crescimento modesto nos próximos anos. No entanto, riscos como instabilidade climática, custos de insumos e limitações logísticas podem restringir o ritmo de avanço.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura