Produção de açúcar e etanol recua no Centro-Sul
Queda na produção total contrasta com avanço do biocombustível feito a partir do milho
A colheita de café na Alta Mogiana, em São Paulo, caminha para o fim com perdas significativas. Produtores registram quebra de até 30% na produtividade. O principal motivo foi o clima adverso. A região sofreu com seis meses de seca entre o fim de 2024 e o início de 2025, além de temperaturas elevadas durante a florada.
O cafeicultor Rafael Stefani explica que a florada não se desenvolveu como o esperado, mesmo com o retorno das chuvas em outubro. O calor intenso impediu o pegamento das flores. Segundo ele, a seca voltou a castigar em fevereiro, com mais de 30 dias sem chuva. O problema comprometeu a granação dos frutos.
Durante a colheita, os produtores confirmaram o impacto. O rendimento caiu. Grãos mal granados e menos pesados exigiram mais frutos para completar o peso de uma saca. “Gastamos mais café para produzir o mesmo volume”, afirma Stefani. A situação se repetiu em outras regiões do país.
Apesar das perdas, a safra de 2026 pode ter cenário melhor. Chuvas em maio e julho ajudaram a recuperar parte do vigor das lavouras. “As plantas estão mais saudáveis”, diz Stefani.
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