O mercado interno de trigo continua sob pressão, à medida que a oferta ultrapassa a demanda. Com os moinhos ainda abastecidos, a exportação como alternativa para comercializar o trigo remanescente do Rio Grande do Sul é freada pelos preços extremamente competitivos do trigo russo.
No Paraná, a semeadura da área destinada à plantação de trigo atingiu 66%, apresentando condições favoráveis em 98% da área. A maioria das lavouras (82%) encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, enquanto 17% estão em fase de germinação e apenas 1% em fase de florescimento. Já no Rio Grande do Sul, 7% das lavouras foram plantadas. Destas, a maioria (90%) está na fase de germinação e 10% na fase de desenvolvimento vegetativo.
As cotações semanais refletiram desvalorização em ambos os estados. No Paraná, a média de cotação caiu 0,51%, sendo cotada a R$ 66,49 por saca de 60 kg. No Rio Grande do Sul, a desvalorização foi ainda maior, de 2,89%, com a saca de 60 kg cotada a R$ 64,49.
Internacionalmente, apesar das condições adversas para a lavoura de inverno nos Estados Unidos e do lento progresso das exportações ucranianas no Mar Negro - com a Rússia restringindo o corredor de escoamento de grãos - houve desvalorização das cotações em função da baixa demanda por trigo dos EUA, devido ao excesso de trigo russo a preços competitivos. A média foi cotada a US$ 352,02 por tonelada, representando uma desvalorização semanal de 2,57%.
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