Sustentabilidade e tecnologia no agronegócio brasileiro são os temas destacados pela Embrapa no V Fórum Abisolo

22.08.2013 | 20:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

Na palestra sobre “Zoneamento Agroecológico como Ferramenta para Expansão dos Principais Cultivos da Agricultura Brasileira”, que abriu ontem (21) a programação do V Fórum Abisolo, que se realiza em Ribeirão Preto até esta sexta-feira (23), o Dr. Celso Vainer Manzatto, da Embrapa Meio Ambiente, detalhou os principais avanços da agricultura nos últimos anos. Entre eles, citou a genética de alto desempenho, os sistemas de produção altamente especializados, a constante elevação e produtividade, ampliação de funcionalidades (energia), o agronegócio altamente competitivo (exportações), e as grandes contribuições para o desenvolvimento. Outras questões como a expansão das fronteiras agrícolas, a mecanização, o melhoramento genético, as técnicas intensivas de produção, os insumos químicos e os programas governamentais também foram levantadas pelo palestrante, e contribuíram para o crescimento da agricultura no País.

O grande desafio para o agronegócio brasileiro, segundo Mazatto, é que a intensificação que beneficia a sociedade gera um dilema da inovação ao produtor, ou seja, aumento na oferta, diminuição do preço de venda e redução da margem de lucro. O crescimento na demanda por alimentos coincide com a emergência de muitas fragilidades, como energia, água, alimento, ambiente e pobreza, que serão os maiores problemas da humanidade nos próximos 50 anos.

“Os desafios são imensos, mas é preciso haver mudanças em contextos, processos, e estruturas. A pesquisa precisa estar atenta à cadeia de valor e aos problemas da agricultura. A prosperidade econômica atrelada à melhoria ambiental e social”, afirma.

Nesse sentido, apontou algumas soluções como a ampliação de conhecimentos sobre a base de recursos naturais e sustentáveis, com o uso de tecnologias para o aumento da produtividade. Foi citada também uma importante ferramenta de gestão no agronegócio, conhecida por zoneamento de risco climático, que considera, além do clima, solo e planta, funções matemáticas e estatísticas, com o objetivo de quantificar o risco de perda das lavouras com base no histórico de ocorrência de eventos climáticos adversos, principalmente a seca. “O zoneamento como instrumento de diminuição de perdas na agricultura é uma importante ferramenta de gestão de riscos e expansão da agricultura. Em 2011, foram zoneadas 44 culturas em 24 Estados no País, com 75% de acertos”, cita.

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