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O café é a segunda bebida mais consumida do mundo, ficando atrás apenas da água, e no Brasil a realidade não é diferente. Atualmente a cultura ocupa 1,82 milhão de hectares, dos quais a variedade arábica corresponde ao equivalente a 1,43 milhão de hectares e o conilon a 389,19 mil há, que este ano deve resultar na colheita de 55,74 milhões de sacas de 60kg. Para debater temas norteantes para esse setor tão importante, acontece amanhã, no dia 11 e 12 de maio, o XXIII Seminário Internacional de Café de Santos, que vai reunir produtores, cooperativas, tradings, indústria e profissionais de vários países, no Guarujá, litoral paulista.
Entre os destaques da edição deste ano está a startup paulista Adroit, que participa pela primeira vez do evento. Segundo Fabio Maeda, sócio e diretor financeiro da empresa, a organização do seminário fez o convite a eles, pois queriam levar aos participantes soluções inovadoras para a cafeicultura. “Estamos desenvolvendo um projeto especialmente para o café, um programa com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A solução é direcionada aos produtores e tem como objetivo ajudá-los em toda a fase do ciclo de produção, mas principalmente no momento que ele está colhendo”, adianta.
Ainda segundo o diretor, um dos pilares da tecnologia é o de ajudar o cafeicultor a identificar o ponto ideal de maturação dos frutos, de forma que ele consiga planejar o melhor momento para realizar a sua colheita, otimizando dessa forma o uso de seus recursos como mão de obra ou maquinas, mas mais importante que isso, melhorando a qualidade de seu produto e consequentemente o seu retorno financeiro, uma vez que um café de qualidade possui um grande diferencial de preço em relação a um produto padrão. A proposta é algo semelhante à tecnologia LeafSense, já consolidada em outras culturas como os citros.
Por meio de sensores inteligentes, a ferramenta com inteligência artificial permite realizar um diagnostico mais preciso na fruticultura. A solução também é capaz de trabalhar com diversas variáveis como, por exemplo, mensurar a variabilidade espacial de inúmeros parâmetros. Ela possibilita ainda, por meio de mapas, identificar regiões do talhão com maior e menor produtividade. Assim, é possível identificar possíveis fatores que causam diferenças de produtividade como deficiência de nutrientes, incidência de doenças, falhas no pomar entre outras características importantes da produção.
De acordo com Maeda, o mercado de café ainda não possui muitas tecnologias e startups olhando para este setor. “Por outro lado, quando vemos a relevância que a cafeicultura tem para o agronegócio, em termos de valor de produção, é algo grandioso e expressivo. Por isso queremos aproveitar o Seminário Internacional de Café de Santos, para mostrar o potencial que nossa ferramenta tem mesmo ainda em fase de desenvolvimento”, acrescenta.
Com o tema “Café. O quanto o Brasil está preparado?”, o seminário reunirá tomadores de decisão para debater inovações e refletir sobre os temas da atualidade, perspectivas e desafios sobre assuntos relevantes ao setor: governança socioambiental, agricultura regenerativa, impacto do clima e desafios de logística.
Todos estes temas importantes e convergentes serão amplamente debatidos e explorados na agenda de palestras do evento. Personalidades importantes do segmento foram convidados para compartilhar ideias e conhecimentos, ajudando a tornar o Seminário em um encontro enriquecedor. As inscrições estão abertas e os ingressos podem ser adquiridos pelo site do evento. Para mais informações: https://www.
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