Sistema CNA/Senar realiza debate sobre produção e comercialização de feijão no Brasil

Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão e também um dos maiores consumidores de feijão

05.10.2022 | 14:21 (UTC -3)
CNA
Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão e também um dos maiores consumidores de feijão. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão e também um dos maiores consumidores de feijão. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

A produção e a comercialização do feijão-comum e do feijão-caupi, foi tema de live realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na terça (04/10).

A live foi moderada pelo presidente da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, que fez um panorama sobre a produção de feijão e pulses no Brasil e falou sobre as oportunidades para o setor.

De acordo com Arioli, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aponta que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão e também um dos maiores consumidores dessa leguminosa.

“Os pulses são uma ótima oportunidade econômica para o produtor rural, seja como atividade principal ou como segunda ou até terceira safra. Geram empregos no campo e contribuem para a segurança alimentar do Brasil e do mundo”, explicou.

Participaram do debate o assessor técnico do Senar, Gabriel Sakita; do agricultor e secretário da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Leandro Lodea; e do coordenador geral de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Dalci Bagolin.

Sakita falou sobre iniciativas do Senar para melhorar a condição, não só de produção, mas também de comercialização dos pulses. “Estamos produzindo bastante material didático para os cursos de Educação à Distância (EaD). Nesse primeiro momento lançamos o curso “Produção e Comercialização de Feijão-comum e Feijão-caupi”, totalmente online e gratuito e com certificação. Mas a ideia é evoluir e produzir também sobre grão de bico, lentilhas, ervilhas e outros feijões”, explica.

O curso aborda a produção de pulses no Brasil; a produção de feijão-comum e de feijão-caupi e o planejamento das lavouras, além de apresentar a importância econômica e social desses alimentos. Os interessados devem verificar a disponibilidade de vagas no site.

Outra ação prevista pelo Senar é a produção de uma coletânea de cartilhas sobre pulses, que também abordará sobre a produção e comercialização. “Queremos abordar os mercados, as oportunidades, os gargalos, o planejamento e manejo da lavoura da colheita, pós colheita até a comercialização”, falou Sakita.

Durante a live, Leandro Lodea explicou, do ponto de vista do produtor, sobre a capacidade de produção e de mercado dos diferentes tipos de feijões – dos simples aos especiais. “O sistema produtivo está se transformando gradativamente com a questão da irrigação. Quando a gente fala de irrigação no Centro-Oeste, estamos falando de uma terceira safra – que depende de mais tecnologia, mais investimentos, mas que tem um retorno financeiro significativo”.

Bagolin fez um panorama do comércio internacional de feijão, da participação do Brasil nesse cenário, além da promoção comercial. “O Brasil tem a Índia como o grande mercado de exportação de feijões, correspondendo a 41%, além de Vietnã e Paquistão. Esses três países juntos representam cerca de 80% das exportações. Temos a exportação muito concentrada e precisamos explorar outros mercados”, destaca.

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