Simpósio da Soja reúne aproximadamente 300 pessoas em Naviraí

Na última quarta-feira, na Câmara Municipal de Naviraí, a Copasul em parceria com a Embrapa promoveu o 13º Simpósio da Soja com o objetivo de realizar palestras técnicas, de mercado e clima para produtores, técnicos e estudantes, proporcionando assim o desenvolvimento técnico da região.

O evento reuniu aproximadamente 300 pessoas, que assistiram cinco palestras que trataram de assuntos, como manejo de adubação, previsões climáticas para a safra 2015/2016, irrigação no sistema de produção e Uma leitura do futuro do agronegócio. O primeiro palestrante, o professor Carlos Crusciol da Unesp de Botucatu, destacou que os produtores devem produzir mais grãos com a mesma quantidade de adubo e para isso é importante fazer a rotação de culturas. “Para ter mais resultado é importante a cobertura do solo, pois solo sem palha é que nem deserto, tem grande variação de temperatura, afeta absorção de nutrientes e etc”.

Logo após foi a vez do consultor da Somar Meteorologia, Marco Antônio Santos falar sobre as previsões climáticas para a safra 2015/16. “Este ano teremos o El Nino mais forte dos últimos 65 anos e tudo indica que será um ano parecido com 1997”, afirmou. “O clima esse ano será bem mais favorável do que prejudicial à produção. Apesar das chuvas mais irregulares entre setembro e outubro, não há indicativos de que venham a ocorrer períodos longos de estiagem, como ocorreu na safra passada, mais precisamente em outubro/14. Contudo, no verão poderá vir a ocorrer um período de estiagem. O problema é que ainda não há como precisar com exatidão quanto ele irá ocorrer, mas deverá ser na primeira metade do verão (entre janeiro e fevereiro)”, declarou Santos.

No período da tarde, o evento continuou com a palestra sobre “Manejo de pragas no sistema de cultivo soja/milho” com a professora Jurema Rattes da Universidade de Rio Verde. “Os percevejos são considerados no complexo de pragas da soja as de maior risco para a cultura. Essas pragas causam danos na cultura da soja quando surgem a partir da fase reprodutiva (período crítico). A partir de R3, a cultura é mais suscetível aos danos, pois o ataque acontece diretamente nas partes reprodutivas, podendo ocorrer o abortamento das vagens. O ataque dessa praga reduz o rendimento da cultura, pois afeta diretamente o potencial produtivo da planta. Indiretamente afetam a qualidade sanitária e fisiológica; no caso de lavouras para sementes, reduzem o poder germinativo”.

Alfonso Sleutjes ministrou a palestra “Irrigação no sistema de produção”, abordando benefícios dos sistemas de irrigação. Fechando a 13º edição do Simpósio da Soja, foi realizada a palestra “Uma leitura do futuro do agronegócio”, conduzida pelo especialista Marcos Fava Neves. O especialista abordou 4 tópicos principais, entre eles: O quadro econômico e político mundial e brasileiro; Leitura do passado e do presente do agronegócio; Leitura do futuro e como nos prepararmos para o cenário do futuro. Marcos destacou a situação negativa pela qual passa o país, e apontou que é preciso se preparar para os próximos dois anos. Ele também destacou que o agronegócio tem tido um bom desempenho de produtividade nos últimos anos e que isso, a longo prazo, pode gerar uma situação mais favorável para os produtores. Finalizando, Marcos destacou os três “C”, que seriam “Custos”, os quais devem ser reduzidos; “Coletivo”, é preciso trabalhar coletivamente” e “crer”, é preciso acreditar que é possível vencer em períodos difíceis”.