Sessão especial celebra os 42 anos de implantação da Embrapa Algodão em Campina Grande (PB)

O Núcleo de Pesquisa do Semiárido coordena programas de melhoramento genético e pesquisas sobre sistemas de produção com o objetivo de promover o desenvolvimento e a sustentabilidade

27.10.2017 | 21:59 (UTC -3)
Edna Santos

A Câmara Municipal de Campina Grande realiza uma sessão especial alusiva aos 42 anos de implantação da Embrapa Algodão na cidade, nesta terça-feira (31), às 19 horas, no plenário da “Casa de Félix Araújo”. A iniciativa foi do vereador Lula Cabral. A Embrapa Algodão é uma das 46 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A Unidade atua em todo o país, na geração de tecnologias, produtos e serviços para as culturas do algodão, mamona, amendoim, gergelim e sisal. Conta com uma equipe de 205 empregados, com especialistas em diversas áreas do conhecimento e atua em cooperação com outras instituições do Brasil e do mundo para oferecer soluções para o produtor brasileiro. A equipe está organizada em dois núcleos de pesquisa, com integrantes distribuídos em diversos estados.

O Núcleo de Pesquisa do Semiárido coordena programas de melhoramento genético e pesquisas sobre sistemas de produção com o objetivo de promover o desenvolvimento e a sustentabilidade das cadeias produtivas de algodão, amendoim, gergelim, mamona e sisal. Sua área de atuação inclui todos os estados em que estas culturas são plantadas dentro do bioma Caatinga em cultivos de sequeiro ou irrigado.

O Núcleo de Pesquisa do Cerrado conduz um amplo programa de melhoramento genético e pesquisas sobre o sistema de produção de algodão e amendoim com o objetivo de promover a sustentabilidade dessas cadeias produtivas. Sua área de atuação inclui todos os estados em que essas culturas são cultivadas dentro do bioma Cerrado.

Histórico

O então Centro Nacional de Pesquisa de Algodão (CNPA), atual Embrapa Algodão, foi criado em 16 de abril de 1975 por meio da deliberação nº19/75, da Diretoria Executiva da Embrapa, e implantado em 31 de outubro do mesmo ano, nas antigas instalações do Departamento de Produção Mineral, em Campina Grande, na Paraíba, com a missão de coordenar, planejar e executar pesquisas com algodão no Brasil.

Inicialmente, as atividades da Embrapa Algodão contemplavam duas linhas de atuação - a primeira voltada para a cultura do algodoeiro arbóreo de grande expressão socioeconômica na região Nordeste  e a segunda focada no algodoeiro herbáceo, com maior ênfase na região Centro-Oeste.

Em 1985, a infestação das lavouras de algodão pelo bicudo levou a Unidade a buscar novas alternativas de pesquisa, lançando cultivares de algodão precoce e integrando ao seu portfólio de pesquisa as culturas do amendoim, mamona, gergelim e sisal.

Na década de 1990, a Embrapa Algodão passou a promover pesquisas para o desenvolvimento de cultivares de algodoeiro adaptadas às condições do Cerrado brasileiro inicialmente no Mato Grosso, depois em Goiás e na Bahia.

O marco da consolidação da cotonicultura no Cerrado foi a obtenção e distribuição da cultivar CNPA ITA 90, a partir de 1992. As variedades de algodão naturalmente colorido começaram a ser lançadas em 2000. A primeira cultivar foi a BRS 200 Marrom, seguida pela BRS Verde, BRS Safira, BRS Rubi, BRS Topázio e BRS Jade.

Hoje, além do melhoramento genético para o lançamento de cultivares e seus sistemas de produção, a Embrapa Algodão desenvolve pesquisas nas áreas de controle biológico, biotecnologia, mecanização agrícola, qualidade de fibras e fios de algodão, tecnologia de alimentos e produção de biodiesel de mamona, prestando serviços de consultoria e capacitações.


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