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Menos de dois meses após receber em audiência um empresário mexicano que demonstrou interesse em investir na Bahia, no setor do sisal, introduzindo a Agave Azul e implantando uma indústria processadora no estado, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, aceitou o convite para visitar os campos de produção e indústrias no México e organizou uma missão com o objetivo de conhecer as possibilidades de introduzir esta planta nas regiões produtoras de sisal, criando mais uma opção de convívio sustentável com o semiárido.
Cada membro do grupo baiano, composto, além do secretário, por representantes da Câmara Setorial do Sisal, de associações e cooperativas de produtores, dos exportadores de sisal, além de um assessor da Secretaria de Ciência e Tecnologia, custeou suas despesas.
De acordo com Salles, a missão baiana ao México poderá ser concluída nesta quinta-feira, (29), com grandes possibilidades de instalação futura de uma indústria mexicana no semiárido baiano.
Depois de visitar viveiros de mudas e plantios comerciais nas regiões produtoras e nos arredores de Guadalajara, estado de Jalisco, e as diversas possibilidades de industrialização de subprodutos do agave, como o mel, a inulina, a tequila e o etanol, Eduardo Salles considerou que a economia de cerca de 20 municípios baianos produtores de sisal pode ser revigorada com a introdução de novas variedades de sisal e a implantação de empreendimentos agroindustriais, integrando os pequenos produtores.
A Agave Azul (agave tequilana), planta da mesma família do sisal (agave sisalana), é muito utilizada no México para a produção de tequila e adoçante. Possui alto valor econômico e é base da economia de vários estados mexicanos. São diversas variedades de Agave existentes no México, cada uma com suas características, limitações e exigências. O mel produzido com a Agave Azul, sem sacarose e rica em frutose, é muito procurado pela indústria alimentícia. A inulina, um pó branco desidratado, que previne o câncer de colo e facilita a digestão, é matéria prima também para a indústria farmacêutica.
De acordo com o secretário da Agricultura, “esta é mais uma das alternativas sustentáveis para a agricultura do semiárido. Além da fibra, se pudermos avançar e ter a produção de etanol, açúcar e outros derivados da Agave, conseguiremos mais uma opção para uma cultura tão importante para a Bahia".
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