Safra de soja e milho no Rio Grande do Sul avança

A produtividade projetada para a soja é de 3.179 kg/ha, e para o milho, 7.116 kg/ha

06.12.2024 | 08:43 (UTC -3)
Revista Cultivar
Foto: Emater/RS
Foto: Emater/RS

A semeadura da soja no Rio Grande do Sul alcançou 80% da área projetada, enquanto o milho atingiu 90%. Ambos os cultivos foram beneficiados por chuvas recentes, mas o impacto de umidade irregular em novembro gerou desafios para os produtores. As informações são da Emater/RS.

A produtividade projetada para a soja é de 3.179 kg/ha, e para o milho, 7.116 kg/ha. Apesar das adversidades climáticas, a expectativa é de resultados positivos em áreas com manejo adequado e condições climáticas favoráveis.

Soja: plantio em ritmo acelerado

A semeadura de soja progrediu de forma contínua em novembro, favorecida pela umidade do solo adequada. Áreas com cobertura de palhada mantiveram níveis de umidade mais estáveis, enquanto o preparo convencional sofreu perdas rápidas de água. Chuvas em 1º de dezembro estimularam a germinação, especialmente em locais críticos.

No Planalto Médio, houve incidência de pragas, como lagartas de solo e diabrótica, exigindo manejo fitossanitário intensivo. Na Fronteira Oeste, municípios como São Borja registraram atrasos devido à seca prolongada, enquanto em Dom Pedrito, a semeadura avançou para 82%. Na Campanha, chuvas intensas geraram erosões em Hulha Negra, demandando reparos.

Regiões como Caxias do Sul e Erechim apresentam bom estabelecimento de lavouras, com 90% em estágio vegetativo. Em Santa Rosa, chuvas recentes mitigaram a estiagem, permitindo a retomada de atividades, embora murchas tenham ocorrido em períodos de calor intenso. De forma geral, a semeadura está próxima da conclusão nas regiões acompanhadas, com expectativa de recuperação em áreas que sofreram atrasos.

Milho: avanço no plantio

O milho, com 90% da área plantada, apresenta 40% em estágio vegetativo, 25% em florescimento, 34% em enchimento de grãos e 1% em maturação. Chuvas em novembro aliviaram a seca, mas não evitaram perdas consolidadas em áreas críticas. Nas regiões irrigadas, o potencial produtivo segue elevado, com algumas áreas projetando até 13 mil kg/ha.

Na Fronteira Oeste, produtores iniciaram o escalonamento de plantio para mitigar riscos futuros. Em Santa Rosa, perdas de produtividade podem chegar a 50% em lavouras não irrigadas, devido à seca durante o enchimento de grãos. Em Ijuí, condições climáticas variáveis resultaram em potenciais produtivos distintos entre lavouras. Já em Erechim, a expectativa de produtividade é de 9 mil kg/ha, beneficiada por boas condições hídricas.

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