Café do Vale da Grama (SP) conquista Indicação Geográfica
Essa é a 17ª IG relacionada ao café e a 124ª concedida pelo Inpi, no Brasil
Em um ano de marcos históricos importantes para a cotonicultura do Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) celebrou a posse de sua nova diretoria para o biênio 2025-2026, em uma cerimônia que reuniu aproximadamente 500 pessoas, entre lideranças do setor, representantes de entidades parceiras e autoridades públicas, em Brasília (DF).
Gustavo Viganó Piccoli, produtor de algodão no estado de Mato Grosso e ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), assumiu a presidência da entidade, e lembrou a importância do momento para o setor, quando a Abrapa completa 25 anos, e o país se torna o maior exportador mundial da commodity.
Dentre as autoridades políticas, estavam o assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin, conhecido como Teti, que representou o ministro Carlos Fávaro na ocasião, a senadora e ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion, além de diversos parlamentares e políticos em geral.
Em seu discurso de posse, Piccoli lembrou que o Brasil se tornou um player fundamental no mercado mundial de algodão, e que hoje “senta à mesa das decisões”, numa guinada histórica da condição de importador da fibra para a de maior exportador.
“Embora essa conquista seja notável, ela não é um ponto de chegada, e sim um novo ponto de partida. Ela traz desafios proporcionais às nossas realizações, e sabemos que, para enfrentá-los, será indispensável fortalecer o compromisso com os pilares que nos mantiveram firmes: sustentabilidade, rastreabilidade, qualidade e promoção da fibra”, declarou Piccoli, enfatizando a importância da Abrapa para tornar possível o reposicionamento da atividade ao longo dos últimos vinte e cinco anos.
Ainda em seu discurso, Piccoli reforçou a atenção para programas estratégicos da entidade, como o "Sou de Algodão", que promove a fibra no mercado interno, e o "Cotton Brazil", que trabalha para consolidar e abrir novos mercados no exterior. Ele reconheceu o apoio fundamental de parceiros como a ANEA e a ApexBrasil. “Em nome de todos os cotonicultores do Brasil, renovo o compromisso e enalteço o nosso apreço por estas entidades", acrescentou.
Alexandre Schenkel, presidente que encerra sua gestão em 31 de dezembro, também ressaltou os marcos alcançados pela entidade e a importância do trabalho coletivo que levou a Abrapa a um novo patamar, enfatizando a continuidade das gerações na produção de algodão como um indicador muito positivo.
“Temos aqui uma energia renovadora, composta por jovens produtores que chegam com novas ideias e um compromisso com a evolução do nosso setor. Essa força, somada à experiência daqueles que já estão na estrada há mais tempo, garante que os próximos 30 anos da cotonicultura brasileira estarão em boas mãos", destacou Schenkel.
“Quero expressar minha gratidão aos ex-presidentes da Abrapa, que se doaram pela associação e ajudaram a construir o que somos hoje: uma referência global”, disse.
“Junto com a ANEA e a ApexBrasil, percorremos o mundo levando a mensagem do 'Think Cotton, Think Brazil'. Essa frase representa o nosso esforço coletivo de posicionar nosso país como um líder global na produção de algodão. Que essa mensagem continue ecoando, seja em fábricas aqui no Brasil ou em mercados distantes na Ásia.”
Gustavo Viganó Piccoli, nascido em Anchieta, Santa Catarina, em 11 de abril de 1965, mudou-se ainda jovem para o Mato Grosso.
Filho de agricultores, foi pioneiro no cultivo de algodão no município de Sorriso, onde vive há mais de 40 anos. Com uma trajetória de 25 anos dedicados ao plantio de algodão, soja e milho, Piccoli tem uma sólida experiência no agronegócio e na liderança de classe, tendo presidido a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), e participado das diretorias de cooperativas agrícolas, como a Cooperativa Agropecuária Mista de Sorriso (Cooami) e a Cooperativa Agro industrial do Centro Oeste (Coabra).
Após dois mandatos como vice-presidente, assume a presidência da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com o compromisso de manter os altos padrões de credibilidade e sustentabilidade que consolidaram a entidade como referência no agronegócio brasileiro.
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