Desenvolvimento da soja no Rio Grande do Sul é favorecido pelo clima
O plantio evoluiu de 98% para 99% da área projetada; estimativa para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares
A safra 2023/2024 de café no Brasil, principal produtor mundial, enfrenta desafios e incertezas significativas. Com base nas últimas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), espera-se que a colheita atinja aproximadamente 58,9 milhões de sacas de 60kg. Essa previsão é suportada pelo aumento projetado na produção tanto de café arábica, com uma estimativa de 40,9 milhões de sacas, quanto de café canéfora, esperando-se alcançar 18 milhões de sacas.
No entanto, o Conselho Nacional do Café (CNC), em suas considerações recentes de dezembro, destaca a incerteza que envolve a safra. Embora tenhamos visto chuvas durante o período de enchimento dos frutos, a constância e o volume dessas precipitações permanecem trazendo preocupação. As previsões meteorológicas instáveis adicionam um elemento de incerteza, tornando difícil fazer projeções precisas para o desempenho da produção.
No seu último boletim de 2023, a Organização Internacional do Café (OIC) alerta para o impacto do clima na produção global de café. A queda dos estoques mundiais em 2023 foi de 4,9 milhões de sacas, destacando os desafios enfrentados em diferentes regiões produtoras, diz a entidade.
O mercado de café também enfrenta desafios relacionados às dificuldades financeiras globais e instabilidades decorrentes de conflitos e guerras, como apontado pelo CNC. Isso afeta diretamente as projeções de consumo. Tanto o tesouro americano quanto o tesouro europeu enfrentam problemas, refletindo nas incertezas globais.
O Conselho Nacional do Café reitera que no Brasil, diante desses desafios, a perspectiva de produção deve ser cautelosa. “A produção estimada de 58,9 milhões de sacas (IBGE), está dentro do que imaginamos ser a realidade. No entanto, ultrapassar esse limite é muito improvável. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a depender das previsões climáticas, conforme o XAIDA (eXtreme events: Artificial Intelligence for Detection and Attribution), um consórcio composto por 16 instituições de pesquisa climática na Europa, deve haver um possível agravamento do El Niño em fevereiro e março. Diante das incertezas presentes nos mantemos realistas”, explica Silas Brasileiro, presidente do CNC.
Portanto, a safra de café 2023/2024 no Brasil enfrenta uma combinação única de fatores, desde condições climáticas imprevisíveis até desafios econômicos globais. Os produtores devem estar atentos a cada desenvolvimento, buscando adaptar estratégias para lidar com as incertezas e garantir a sustentabilidade desse setor essencial para a economia brasileira e global.
O CNC aguardará também a posição do próximo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 18 de janeiro, que fornecerá mais informações sobre o cenário futuro do café no Brasil.
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