Congresso Brasileiro de Algodão acontece entre os dias 3 e 5 de setembro de 2024

Além de oferecer uma plataforma para a difusão do conhecimento, a 14º edição do CBA irá premiar os melhores trabalhos científicos sobre algodão

11.01.2024 | 16:03 (UTC -3)
Catarina Guedes

Estimular a participação de estudantes e pesquisadores na apresentação de trabalhos científicos dedicados à cotonicultura é um dos principais objetivos do 14º Congresso Brasileiro de Algodão (CBA). Promovido a cada dois anos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o evento, marcado para ocorrer entre os dias 3 e 5 de setembro de 2024, em Fortaleza (CE), é o maior encontro da cadeia produtiva no Brasil, e se destaca pelo reconhecimento e premiação da pesquisa acadêmica de excelência, no país.

Além de oferecer uma plataforma para a difusão do conhecimento, o CBA irá premiar os melhores trabalhos científicos, concedendo bolsas de estudo e promovendo oportunidades de participação em congressos. Para Jean Belot, pesquisador do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) - que participou de todas as edições do Congresso e é coordenador-geral da Comissão Científica do 14º CBA -, a importância da pesquisa para sustentar a cadeia produtiva e de transformação da fibra de algodão é evidente, já que o Brasil é o único, entre os principais produtores mundiais, a enfrentar as complexidades dos trópicos úmidos. 

“Nesse contexto desafiador, os produtores enfrentam obstáculos significativos e, portanto, necessitam de orientações contínuas para adaptar o manejo do cultivo às condições ambientais em constante mudança, como variações climáticas, de pragas e de doenças”, afirma.

Inicialmente concebido como um encontro de pesquisadores, promovido pela Embrapa Algodão, o CBA cresceu ao longo das últimas décadas, envolvendo a comunidade científica e ganhando participação ativa do setor produtivo e de empresas. Sua primeira edição aconteceu em 1997, também na cidade de Fortaleza.

Na opinião de Belot, para maximizar o retorno econômico da lavoura e atender as exigências, os produtores buscam otimizar o uso dos fatores de produção, como sementes e adubos, e incorporar inovações em seus métodos, sendo crucial que recebam informações embasadas em pesquisa de alta qualidade, respaldadas por princípios científicos.

“A capacidade de tomar decisões acertadas, fundamentadas em dados confiáveis, é essencial para enfrentar os desafios específicos do cultivo de algodão em condições tropicais úmidas e garantir a sustentabilidade e a prosperidade da produção”, explica.

Premiações no 14º CBA

As inscrições para a categoria de estudantes (graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu) começam no dia 1º de abril e terminam em 30 de maio de 2024. Já para os demais autores, o prazo é de 1º de abril a 13 de junho de 2024. As inscrições deverão ser feitas mediante preenchimento de ficha eletrônica disponibilizada no portal do CBA.

Os trabalhos deverão abordar temas inovadores, criativos e com proposição de soluções para problemas enfrentados pela cadeia produtiva do algodão em oito áreas de conhecimento:

I – Produção Vegetal – Fisiologia, Ecofisiologia, Fitotecnia, Nutrição de Plantas e Sistemas de Produção;

II – Agricultura Digital – Agricultura de Precisão e Inteligência Artificial;

III – Colheita/Beneficiamento/Qualidade de Fibra e do Caroço;

IV – Controle de Pragas – Entomologia e Biotecnologia;

V – Fitopatologia e Nematologia;

VI – Matologia e Destruição de Soqueira;

VII – Melhoramento Vegetal e Biotecnologia; e

VIII – Socioeconomia.

Serão premiados os melhores estudos nas categorias Estudante de Graduação, Estudante de Pós-Graduação, Áreas Temáticas (pesquisadores de qualquer instituição) e Professor Orientador. Além da participação no 14º CBA, os melhores estudos nas categorias Áreas Temáticas e Professor Orientador também receberão bolsas de pesquisas para a safra 2024/2025.

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