RS Safra 2024/25: soja e milho chegam a fases finais

A colheita chegou a 80% da área de soja e 89% da área de milho

24.04.2025 | 16:19 (UTC -3)
Revista Cultivar
Foto: Emater/RS
Foto: Emater/RS

A colheita da soja no Rio Grande do Sul alcançou 80% da área cultivada, segundo a Emater/RS. O avanço foi impulsionado pelo tempo seco e ensolarado, que favoreceu as operações a campo e reduziu o consumo de combustível. Em solos menos úmidos, o menor desgaste de máquinas e a boa estrutura do solo facilitaram a implantação de culturas de inverno.

A baixa umidade dos grãos, entre 12% e 13%, eliminou a necessidade de secagem, acelerando o escoamento. A sequência de dias secos também resultou em maior qualidade dos grãos, com menos avarias. Ainda há, porém, grãos verdes causados por maturação desuniforme devido ao estresse hídrico e chuvas tardias.

No campo, 17% das lavouras estão maduras e 3% em enchimento de grãos. A qualidade da safra viabiliza a reserva de sementes próprias. Na Fronteira Oeste, o clima favoreceu a colheita. Em Uruguaiana, os rendimentos variam entre 1.200 e 3.000 kg/ha, refletindo falhas de irrigação. Em Quaraí, 20% da área foi colhida, com produtividade de 1.800 kg/ha. Em Manoel Viana, a colheita passou de 75%, com rendimentos entre 900 e 2.400 kg/ha.

Em São Gabriel, 60% da área foi colhida, com médias entre 420 e 600 kg/ha. Áreas irrigadas alcançam 2.100 kg/ha. Em Hulha Negra, 40% foram colhidos, com produtividades entre 600 e 3.000 kg/ha. Em Aceguá, a média subiu para 2.520 kg/ha. Em Dom Pedrito, a colheita chegou a 42%, com rendimentos de até 2.100 kg/ha.

Na região de Caxias do Sul, a colheita atingiu 90%, com produtividade média de 3.200 kg/ha, 15% abaixo do esperado. Em Frederico Westphalen, 93% da área foi colhida, com média de 2.425 kg/ha. Em Ijuí, 95% da soja já foi colhida. Em Passo Fundo, restam 5% por colher. Em Pelotas, 39% foram colhidos. Em Santa Maria, a colheita passou de 70%, mas as perdas chegam a 50%. Em Soledade, a colheita atinge 85%.

Em Santa Rosa, 82% da área foi colhida. A maturação fisiológica atinge 12% das áreas. Outras 6% seguem em enchimento. As lavouras de segunda safra estão bem, apesar da infestação de caruru. O controle da ferrugem-asiática e de percevejos (aqui e aqui) segue ativo.

Situação do milho

A colheita de milho no Rio Grande do Sul atingiu 89% da área cultivada, conforme levantamento da Emater/RS. O avanço, de apenas um ponto percentual na última semana, reflete o ritmo lento e escalonado da operação, principalmente nas regiões de agricultura familiar. Nessas áreas, parte do cereal é reservada ao consumo interno das propriedades.

No Nordeste do Estado, onde predominam lavouras em maior escala, a colheita segue em ritmo mais ágil. Já os 4% das lavouras ainda em fase de desenvolvimento apresentam bom potencial produtivo, beneficiadas por chuvas em momentos críticos e temperaturas amenas, que favoreceram a fotossíntese.

Produtores já se preparam para a safra 2025/2026. A semeadura de culturas de cobertura, como nabo forrageiro, antecede a dessecação. Na compra de sementes, cresce a demanda por cultivares precoces e tolerantes à cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).

Na região de Bagé, o tempo seco favorece a perda de umidade dos grãos, permitindo o início da colheita. Em Caçapava do Sul, áreas com baixo nível tecnológico sofrem com os efeitos da estiagem. A produtividade média ali é de apenas 1.200 kg/ha.

Em Alegrete, avança a colheita de lavouras tardias. Em Caxias do Sul, a operação está perto do fim em Municípios como Muitos Capões e Vacaria. Na Serra e Hortênsias, o ritmo é mais lento, com término previsto para julho.

Ijuí praticamente encerrou a colheita, restando apenas lavouras de segundo cultivo. A cigarrinha-do-milho apresenta incidência, com sintomas de enfezamento e alguns casos de acamamento de plantas.

Na região de Pelotas, a colheita atinge 51%, com produtividade média de 4.200 kg/ha. Santa Rosa registra 92% da área colhida. Em Soledade, o trabalho avança sobre lavouras de semeadura tardia, com 67% já colhidas.

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