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Projetos de lei que propõem a classificação do tabaco diretamente nas propriedades dos produtores geraram preocupação entre empresas e entidades representativas do setor. A medida pode comprometer o Sistema Integrado de Produção de Tabaco, modelo adotado por produtores e indústrias no Sul do país e reconhecido por garantir assistência técnica, financiamento da safra e comercialização da produção.
Com forte presença nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a cadeia produtiva do tabaco envolve mais de 600 mil pessoas e é responsável por bilhões em divisas, impostos e renda para centenas de municípios. Em 2024, o Brasil exportou US$ 2,89 bilhões em tabaco, gerando R$ 16,8 bilhões em tributos.
Segundo o SindiTabaco, os projetos em debate trariam custos extras para produtores, estados e empresas, além de reduzir a competitividade do tabaco brasileiro no mercado internacional. “Há risco de fechamento de filiais, perda de empregos, aumento de despesas públicas e até transferência da produção para outros países”, alerta Valmor Thesing (na foto), presidente da entidade.
Para o setor, as discussões sobre mudanças no modelo de classificação devem ocorrer no Fórum Nacional de Integração do Tabaco (Foniagro), com base técnica e alinhadas à Lei da Integração (13.288/2016). A classificação nas propriedades, argumentam, não garante as mesmas condições de controle de qualidade hoje existentes nas estruturas das empresas.
O SindiTabaco afirma estar aberto ao diálogo com produtores, legisladores e autoridades, mas reforça a importância de decisões técnicas e cautelosas. “É preciso considerar os impactos reais para toda a cadeia e preservar um setor que gera empregos, renda e tributos para o Brasil”, conclui.
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