Safra de soja 2024/25 em Mato Grosso enfrenta desafios climáticos e logísticos
A falta de infraestrutura é um dos principais obstáculos para o setor agrícola
A irregularidade na distribuição das precipitações tem impactado o potencial produtivo da soja no Rio Grande do Sul. A Emater/RS aponta que regiões com menor volume de chuvas, como o Noroeste e Planalto Médio, enfrentam perdas agravadas por uma onda de calor intensa entre os dias 03 e 08 de março. Nessas áreas, a combinação de altas temperaturas e falta de umidade no solo causou estresse hídrico e térmico nas lavouras.
De forma geral, a colheita da soja está ainda em fase inicial, com 5% da área já colhida. Outros 33% estão em maturação, 48% em enchimento de grãos, 12% em floração e 2% em germinação e desenvolvimento vegetativo. As variações no potencial produtivo da soja são grandes, dependendo da quantidade de chuvas ao longo do ciclo, do momento de semeadura e da resposta das cultivares.
As chuvas de fevereiro e do dia 9 de março ajudaram a recuperar as lavouras em algumas regiões, onde o solo teve sua umidade restabelecida. Nesses locais, foi observada a melhora na turgescência foliar e a interrupção de danos fisiológicos devido à falta de água.
Para garantir o bom desenvolvimento das plantas, os produtores seguiram com a aplicação de fertilizantes foliares, além de reguladores fisiológicos para otimizar o enchimento de grãos nas lavouras implantadas no final de 2023.
A área de cultivo da soja foi reavaliada pela Emater/RS-Ascar, reduzindo-se de 6.811.344 hectares para 6.729.354 hectares, uma queda de 1,2%. A produtividade média projetada inicialmente foi corrigida de 3.179 kg/ha para 2.240 kg/ha, uma redução de 20,3%. A produção total estimada também caiu 17,4%, somando 15,07 milhões de toneladas.
No milho, a colheita avançou para 69%, com outros 14% das lavouras em maturação e 9% em enchimento de grãos. Apesar da estiagem, a produtividade foi reestimada para 6.866 kg/ha, o que representa uma redução de 3,5% em relação à projeção inicial de 7.116 kg/ha.
A produtividade, no entanto, será 21,6% maior em relação à safra anterior (2023/2024), quando a produtividade foi de 5.646 kg/ha. A área cultivada de milho também sofreu uma diminuição de 6,9%, passando de 748.511 hectares para 696.587 hectares, com uma produção estimada em 4,78 milhões de toneladas.
A colheita do arroz avançou para 20% da área plantada. A fase de maturação já abrange 41% das lavouras, enquanto 33% estão em enchimento de grãos e 6% em floração.
A produtividade média foi reestimada para 8.376 kg/ha, com uma pequena redução de 0,9% em relação à previsão inicial de 8.478 kg/ha. A área efetivamente plantada foi corrigida para 970.194 hectares, de acordo com a Emater/RS-Ascar.
No feijão, a colheita da primeira safra atingiu 65% da área cultivada. As lavouras restantes, localizadas nos Campos de Cima da Serra, estão em fase de enchimento de grãos e início de maturação. A produtividade estimada é de 2.400 kg/ha. Para a safra 2024/2025, a área cultivada foi reavaliada para 27.149 hectares, com produtividade média de 1.838 kg/ha.
Por outro lado, a segunda safra de feijão sofreu uma retração significativa, com uma redução de 46,5% na área plantada, devido ao déficit hídrico e à desvalorização dos preços. Estima-se que foram semeados apenas 11.913 hectares, com produtividade média de 1.527 kg/ha.
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