Rio + 20: pesquisa da Embrapa atesta ativos ambientais do agronegócio de Mato Grosso do Sul

12.06.2012 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

O aumento de 90% na produção de soja em Mato Grosso do Sul registrado na última década veio acompanhado de resultados ambientais como o sequestro de 47 milhões de toneladas de gases de efeito estufa e a redução de mais 60% dos pontos de calor. Esses são alguns dos dados que a Embrapa Gado de Corte vai apresentar no espaço AgroBrasil, nesta quarta-feira (13), na Rio + 20, na palestra ‘Agronegócio com sustentabilidade: a eficiência das cadeias produtivas do agronegócio de Mato Grosso do Sul’.

O chefe geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Oliveira Soares, vai apresentar resultados de pesquisa inédita no País realizada pela entidade para analisar a eficácia do agronegócio do Estado no âmbito da sustentabilidade, nos últimos 10 anos. Foram analisadas as cadeias de grãos (soja, milho e sorgo), fibras (algodão e celulose), carne bovina e sucroenergético (álcool e bioenergia).

A pesquisa está sendo publicada no livro que tem o mesmo nome da palestra do chefe da Embrapa, com lançamento nesta quarta-feira, durante o evento. Os dados demonstram que junto com o aumento substancial na produção e produtividade, Mato Grosso do Sul cultivou medidas que se revertem em ganhos sustentáveis expressivos.

Entre os aspectos levantados no estudo está o sequestro de carbono pelo setor da silvicultura, que nos últimos cinco anos atingiu 1,2 milhão de toneladas de carbono. MS tem hoje 480 mil hectares de florestas plantadas e com a instalação de um polo de celulose e papel a previsão é chegar a 1 milhão de hectares nos próximos anos.

Outro fator que pesou favoravelmente no superávit produtivo sustentável de MS foi a mitigação da emissão de CO2 com a redução de pelo menos um ano de vida na idade média de abate dos bovinos. O resultado vem da pecuária orgânica, um case de resultados ambientais comprovados que a Associação do Novilho Precoce também vai apresentar no espaço AgroBrasil, da Rio + 20.

A redução de 60% nos pontos de calor foi constatada na comparação entre as duas metades da última década. De 2000 a 2005, foram registrados 7,3 mil pontos de calor, número que caiu para 2,7 mil pontos de 2006 até 2010. Nos últimos cinco anos pesquisados constatou-se, ainda, que o movimento das cadeias produtivas contribuiu para sequestrar e evitar a emissão de 47 milhões de toneladas de CO2, um resultado que também se deve ao fato da pecuária ter cedido um milhão de hectares para o cultivo de florestas plantadas e de cana-de-açúcar.

Realizado em parceria com as secretaria de Produção (Seprotur) e do Meio Ambiente do Estado e a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), o estudo vai embasar o estabelecimento de políticas para a conversão de créditos de carbono, uma prática compensatória para a qual o Estado mostra grande potencial. “Com a pesquisa, Mato Grosso do Sul sai na frente e revela que as cadeias produtivas fazem do Estado uma potência sustentável nas cadeias de produção de alimentos, fibras, bioenergia e serviços ambientais”, afirma o chefe da Embrapa.

Espaço AgroBrasil – Organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o espaço será ocupado pela Famasul nesta quarta-feira (13) que, junto com Embrapa, Seprotur, Fiems e SebraeMS levará para a Rio + 20 cases sustentáveis de sucesso no agronegócios do Estado. Os cases serão apresentados das 13h às 18h, no auditório 2 do Pier Mauá S/A, avenida Rodriguez Alves, 10, Praça Mauá.

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