Produções de milho e algodão são destaques da safra de grãos 2011/2012 no Tocantins
Dez unidades da Embrapa estão engajadas em um grupo de trabalho criado para orientar os estudos em Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) da Empresa. ACV é uma ferramenta para avaliar os impactos ambientais potenciais associados a um produto, processo ou atividade, por meio da identificação e quantificação dos fluxos de energia e material ao longo do ciclo de vida. Também é conhecida como um instrumento que estuda o produto do “berço ao túmulo”.
A coordenadora do grupo é a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Marília Folegatti Matsuura. Ela falou sobre a iniciativa na abertura do II Encontro em AVC, promovido pela Embrapa Agroenergia em 23/05. “Temos vários desafios, inclusive de desenvolvimento de metodologias”, comentou. Atualmente, 14 projetos de pesquisa da Empresa contam com avaliação de impacto baseada na ferramenta. “No último ano, o interesse por ACV cresceu muito na Embrapa, impulsionado principalmente pela demanda por estudos de produtos agroenergéticos”, informou.
Marília destacou que a adoção de uma metodologia de quantificação de impacto ambiental está em consonância com o Plano Diretor da Embrapa (PDE). “Garantir a competitividade e a sustentabilidade da agricultura brasileira” e “intensificar o desenvolvimento de tecnologias para o uso sustentável de biomas e a integração produtiva das regiões brasileiras” são dois dos objetivos estratégicos da instituição expressos no documento.
“Acabamos de definir esse grupo de trabalho para trazer a ACV para o ‘core’ da nossa instituição, já que a agricultura brasileira e a mundial caminham cada vez mais no sentido da sustentabilidade”, declarou o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Maurício Lopes.
Na opinião do pesquisador Gilmar Souza Santos, da Embrapa Agroenergia, o uso formal e intensivo da ACV poderá consolidar a credibilidade dos produtos brasileiros nos mercados internacionais. “O atual desafio para as organizações de pesquisa é viabilizar a agricultura sustentável do ponto de vista econômico, social, capaz de promover tecnologias e produtos competitivos, porém sem danos ao meio ambiente”, aponta o pesquisador. O governo francês, por exemplo, já está exigindo que os rótulos para frutas comercializadas no país, entre elas a manga brasileira, exibam os volumes de gás carbônico emitidos.
“Um dos objetivos da equipe é disseminar a importância da ACV e dos conceitos associados a essa metodologia”, explicou o pesquisador da Embrapa Agroenergia Alexandre Cardoso. O trabalho também visa a estabelecer uma rede de parcerias por meio da identificação de competências e promover capacitação. Além disso, o grupo buscará a padronização de ferramentas a serem utilizadas na Empresa para aplicação da ACV.
Para a pesquisadora Maria Cléa Brito de Figueirêdo, da Embrapa Agroindústria Tropical, “a iniciativa é importantíssima para institucionalizar a ferramenta, o que não é simples”. Ela lembra que a metodologia foi desenvolvida fora do País. “Com a variedade de especialistas da Embrapa, temos uma condição ímpar de contribuir para adaptação desse método às condições nacionais”, opina.
Além da Embrapa Agroenergia, Agroindústria Tropical e Meio Ambiente, também compõem o grupo a Embrapa Cerrados, Hortaliças, Produtos e Mercado, Rondônia e unidades da sede da Empresa.
O Grupo de Trabalho já está trabalhando no III Encontro em ACV, que será realizado em 11 de julho, na sede da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna/SP. Mais informações serão divulgadas em breve, no site dessa Unidade e no da Embrapa Agroenergia.
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