Produções de milho e algodão são destaques da safra de grãos 2011/2012 no Tocantins
Finalmente, ocorre a aguardada Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, marcando os vinte anos de realização da Eco 92. A ONU, responsável pela Conferência, e o governo brasileiro, organizador evento, esperam a presença, no Rio de Janeiro, de pelo menos uma centena de chefes de nações de todo o mundo, acompanhados de dezenas dos negociadores de seus países, especialistas em temas diversos.
A Andef, Associação Nacional de Defesa Vegetal, e suas empresas associadas não apenas apoiam, mas têm participado efetivamente, com exemplos e propostas, de diferentes fóruns e iniciativas em torno desta Conferência e, sobretudo, para que dela surjam conclusões práticas em favor da sustentabilidade – a ser entendida sempre em suas três dimensões: econômica, social e ambiental. Uma das iniciativas que a entidade apoia firmemente é o movimento Sustain-Agro (
), lançado há apenas um mês, sob a coordenação do Conselho de Informação sobre Biotecnologia, e que já conta com a participação de 37 entidades do agronegócio.
Vem se formando o consenso, e espera-se que a Conferência no Rio de Janeiro seja enfática neste rumo, de que conservar a natureza e promover o desenvolvimento socioeconômico são rumos necessários e absolutamente possíveis. Uma das respostas está na agropecuária, atividade estratégica para a maioria dos países, inclusive os desenvolvidos – apenas para citar alguns exemplos, como Estados Unidos, França e Japão, o que desmistifica o equívoco de considerá-la importante apenas nos países menos desenvolvidos. A produção agrícola que alia os manejos sustentáveis à imprescindível eficiência tecnológica é a melhor tradução dos conceitos de sustentabilidade e, o mais recente, a chamada Economia Verde, que norteiam os debates na Rio+20.
Porque a razão do planeta são as pessoas, os desafios colocados exigem uma agenda positiva que compreenda e valorize a missão crucial da agricultura. Hoje, os desafios impostos pela segurança alimentar sugerem à sociedade como um todo ampliar sua visão ambiental.
Para poupar recursos naturais – terra, água e energia – o aumento deverá ocorrer via produtividade das lavouras, daí o essencial papel das inovações tecnológicas. Se os decisivos investimentos em Pesquisa e Desenvolvido no país, tanto por instituições públicas como, principalmente por empresas da iniciativa privada, garantiram produtos estratégicos para o salto competitivo do agronegócio brasileiro, ao lado dessa participação relevante, setores como o de defensivos vêm contribuindo, por meio de outras maneiras notáveis, para o desenvolvimento sustentável brasileiro.
Há cerca de duas décadas, começaram a ganhar força os arranjos estratégicos envolvendo entidades do setor, comunidade científica, institutos de pesquisa, órgãos de governos e empresas. Com o desmantelamento dos programas de extensão rural no país, após a extinção da Embrater, Empresa Brasileira de Extensão Rural, em 1990, esta foi uma das formas de levar ao campo a extensão do conhecimento a milhares de agricultores e, com isso, melhores perspectivas para o seu sucesso na atividade. A melhoria da educação do agricultor rural teve um importante apoio providencial, além da Andef, de entidades como o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, InpEV; Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, Andav; Organização das Cooperativas Brasileiras, OCB, e Associação Brasileira de Agronegócio, Abag.
As indústrias do setor têm investido fortemente – por meio do aporte de recursos e do Conhecimento técnico-científico de seus profissionais –, em treinamento, assistência técnica, extensão rural e conscientização socioambiental dos agricultores e trabalhadores do campo. Vários desses trabalhos integram o Prêmio Andef, realizado há quinze anos pela Andef, suas associadas e entidades apoiadoras.
As indústrias, as revendas, as cooperativas e as unidades de recebimento de embalagens vazias mobilizam, durante o ano inteiro, recursos e enormes esforços de centenas de profissionais das áreas de stewardship; pesquisa e sustentabilidade. Como exemplo da importância desse conjunto de ações, entre os anos de 2005 e 2011 o expressivo número foi de 12.128.181 de pessoas.
Iniciativas como essa apontam o rumo e devem nortear as discussões na Conferência das Nações Unidas, a Rio+20. Afinal, do campo vêm alimentos, fibras e matérias-primas vegetais renováveis para produção de energia para o mundo, a agricultura. Portanto, a agricultura é o centro das soluções sustentáveis.
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