Reunião Intercomitês do Condraf inicia discussões sobre Plano Safra 2014/2015 por região

23.04.2014 | 20:59 (UTC -3)

Uma evolução extremamente relevante. Assim o secretário de Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Valter Bianchini, classificou o debate sobre o Plano Safra 2014/2015, por áreas, no âmbito da Reunião intercomitês do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf). O encontro acontece nesta quarta-feira (23), na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília.

“Na verdade, nós começamos essa iniciativa no ano passado, com o debate sobre o Plano Safra Semiárido. Este ano, estamos avançando para o Plano Amazônico e também já temos algumas políticas para o Cerrado. Isso mostra o nosso esforço no sentido de uma agricultura do Brasil que abranja toda essa diversidade de biomas”, explica Bianchini. “”Com a decisão de regionalizar e, dentro dos biomas, territorializar os planos safras, chega-se mais perto de adequar as políticas no atendimento da diversidade que tem a agricultura familiar, os assentamentos da reforma agrária e outros segmentos em todo o Brasil”, acrescenta o secretário.

Condraf

Bianchini salienta que o Condraf também inova ao promover as reuniões intercomitês que avançam e aprofundam as discussões dos temas. Segundo o secretário, a participação coletiva é fundamental, seja por meio dos movimentos sociais que entregam suas pautas, seja agora pela participação do Condraf com seus comitês temáticos, toda a contribuição é imprescindível para apontar eventuais falhas.

“Isso facilita muito a nossa construção. O que é existe é um grande arranjo institucional, do qual esta reunião intercomitês é uma parte e que ajuda a explicar o sucesso que tem sido o Plano Safra da Agricultura Familiar, desde 2003 até agora”, ressalta o secretário da SAF/MDA.

A avaliação é compartilhada pelo assessor da Secretaria-Executiva do MDA, Marco Pavarino. “No Conselho, geralmente temos encontros que discutem aspectos mais específicos de cada comitê. Com este formato, e ao regionalizar as discussões sobre o Plano Safra, o MDA, na verdade, atende a uma reivindicação antiga da sociedade civil e dos movimentos sociais”, comenta Pavarino.

Os debates iniciados nesta quarta-feira foram elogiados pelos representantes de movimentos sociais que participam da reunião. Maria do Rosário Ferreira, do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Côco Babaçu (MIQCB) assinalou que reuniu diversos subsídios para debater com as companheiras de labuta.

“É uma pena que somente eu esteja aqui, representando todas as trabalhadoras do Quilombo Bom Jesus, no município de Matinha (MA), porque os temas interessam a todo mundo. Principalmente, como ter acesso a financiamentos e à assistência técnica”, disse.

Já Elizete Maria da Silva, do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste, sugeriu a criação de uma DAP específica para as mulheres agricultoras, que possibilite sua utilização sem depender de companheiros ou maridos.

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