Embrapa mostra contribuições para o Cerrado em reunião na Câmara
Com o crescente mercado de cafés de melhor qualidade e a busca pela diminuição do uso de defensivos químicos e adoção dos princípios de sustentabilidade, rastreabilidade e competitividade, é cada vez mais necessário a adoção de práticas culturais inovadoras e eficientes. Sabendo que a colheita e pós-colheita do café são as atividades que mais contribuem para a qualidade final do produto, instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, estão unindo esforços para realizar treinamento especializado a técnicos, extensionistas e produtores (agentes multiplicadores) para capacitá-los a repassar e adotar tecnologias apropriadas a torná-los aptos a solucionar problemas. As ações são parte do projeto intitulado “Transferência de tecnologias para a melhoria da qualidade do café produzido pela agricultura familiar”. A iniciativa tem por base as normas técnicas específicas para a Produção Integrada do Café, publicadas na Instrução Normativa (IN) nº 49, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.
Parceiros - Para planejar essas ações de transferência de tecnologia em 2014 e acompanhar/avaliar a execução do projeto, foi realizada reunião em Viçosa-MG. Na ocasião, também foi apresentado e realizado planejamento do projeto “Seleção, avaliação de impactos e transferência de tecnologias para cafeicultores de regiões produtoras de café arábica e conilon com retroalimentação do sistema de pesquisa, desenvolvimento e inovação – PD&I”. Participaram do evento representantes do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, Universidade Federal de Viçosa – UFV, Instituto Federal do Espírito Santo – IFES, Embrapa Café e Embrapa Rondônia.
Tecnologias a serem transferidas - O beneficiamento do café é normalmente feito por equipamentos industrializados que demandam grande investimento financeiro, sendo inacessíveis aos agricultores familiares. Para ofertar estrutura mínima de produção de café com qualidade, a Embrapa Café, a UFV, o Incaper e a Epamig desenvolveram tecnologias pós-colheita de baixo custo, acessíveis aos produtores familiares e pequenos produtores. Embora essas tecnologias já tenham sido disponibilizadas para adoção, ainda é grande o público potencial que não as conhece. E mudar essa realidade é o que move as instituições envolvidas nas ações de transferência dessas tecnologias. Cinco são priorizadas: Sistema para Pré-limpeza, Lavador Portátil, Sistema de Limpeza de Águas Residuárias, Terreiro Secador Híbrido e Silo Secador, tecnologias simples e de baixo custo que proporcionam aos seus adotantes mais agregação de valor e sustentabilidade, com qualidade e menores custos de produção.
“Nossa expectativa é termos técnicos devidamente capacitados e treinados para comunicar-se diretamente com o produtor rural para transferência da tecnologia de forma eficiente, completa e contínua, de forma a garantir que as tecnologias sejam realmente implementadas e que haja adaptações contínuas aos avanços tecnológicos, melhorando a sustentabilidade econômica, social e ambiental dos cafeicultores nas regiões-alvo”, diz o pesquisador da Embrapa Café Anísio Diniz.
Próximas capacitações - Como parte da iniciativa, em maio serão realizados cursos e dias de campo nas cidades de Juruaia-MG, Itamogi-MG, Cabo Verde-MG e Caconde-SP e também no Campo Experimental de Ouro Preto D´Oeste da Embrapa Rondônia. No primeiro, o tema será a melhoria da qualidade do café com foco em tecnologias de secagem de pós-colheita para técnicos e produtores da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé – Cooxupé. O treinamento envolverá o emprego das tecnologias terreiro secador híbrido e silo secador. No segundo, serão capacitados assistentes técnicos, extensionistas e lideranças rurais na construção e operação de tecnologias pós-colheita e colheita do café com foco na adoção de boas práticas para produção de um produto com qualidade. Em Minas Gerais, ainda serão realizados treinamento de secagem de grãos para a Cooxupé e dias de campo em Lajinha, Carmo da Cachoeira e Fervedouro; no Espírito Santo, treinamentos para instalação de secador de terreiro híbrido em Venda Nova do Imigrante, em pós-colheita para cafeicultores em Venda Nova do Imigrante e para cafeicultores e produtores de Marilândia e ainda capacitação em pós-colheita para técnicos da Fazenda Experimental de Marilandia; em Rondônia, treinamento para qualidade de café em Ouro Preto D’Oeste e dia de campo para qualidade de café em Ouro Preto D’Oeste. Para saber mais informações sobre esses treinamentos, acompanhe agenda de eventos no site da Embrapa Café.
Para saber mais informações sobre o Consórcio Pesquisa Café, a Embrapa Café e as tecnologias de pós-colheita, acesse:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/
http://www.sapc.embrapa.br/
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