Secretaria da Agricultura do RS registra nova cultivar de feijão preto no Mapa

Além da elevada produtividade, por apresentar porte mais ereto, pode ser uma excelente opção de renda aos agricultores

04.05.2023 | 15:44 (UTC -3)
Seapi
RS Gaúcho, nova cultivar de feijão preto do RS; Foto: Eduardo Almeida
RS Gaúcho, nova cultivar de feijão preto do RS; Foto: Eduardo Almeida

Depois de cerca de 10 anos de estudos no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa da Agricultura Familiar (Ceafa) do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), localizado em Maquiné, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) registrou recentemente uma nova cultivar de feijão no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o RS Gaúcho. O nome é uma homenagem ao povo rio-grandense. A nova cultivar pertence ao grupo comercial preto, o mais consumido no Rio Grande do Sul.

De acordo com o coordenador do estudo, pesquisador Juliano Bertoldo, a cultivar RS Gaúcho é uma melhoria em relação a outras cultivares, como a Fepagro 26 e Fepagro Triunfo. “A produtividade média apresentada pela cultivar RS Gaúcho (2308 Kg por hectare) é superior à média nacional (1.110 Kg por hectare) e estadual (1.484 Kg por hectare) em cerca de 60% e em cerca de 6% no rendimento de grãos em relação à média de testemunhas comerciais bastante produtivas”, explica Bertoldo. “Além disso, o potencial produtivo foi acima de 3.000 Kg por hectare, obtido em algumas regiões e nas condições em que foi avaliado”, acrescenta.

Ele destaca que, além da elevada produtividade, por apresentar porte mais ereto, pode ser uma excelente opção de renda aos agricultores. “Seu cultivo é indicado para os diversos sistemas de cultivo preconizados pela pesquisa oficial para a cultura do feijão no Rio Grande do Sul, nos períodos de safra e safrinha, em lavouras de sequeiro ou irrigadas, em plantio direto ou convencional, solteiro ou consorciado, convencionais ou orgânicos”, pontua Bertoldo.

As próximas fases são de inserção no zoneamento agrícola de risco climático e a multiplicação de sementes, sendo comercializadas a partir de 2024 sob demanda. Além disso, a expectativa na Secretaria é que esse ano ainda seja submetida ao registro outra cultivar do grupo comercial carioca.

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