Câmara Setorial de Citricultura debate ações de prevenção ao greening no RS

De abril de 2022 a abril de 2023, nos 34 mil hectares de citros plantados no Estado, a Secretaria realizou ações de campo em 1.800 hectares de 213 propriedades rurais das diferentes regiões, para o monitoramento do HLB, cerca de 5% da área de citros no RS

04.05.2023 | 15:47 (UTC -3)
Darlene Silveira

Representantes da Câmara Setorial de Citricultura da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estiveram reunidos nesta quinta-feira (04/05) para debater, entre outros assuntos, ações de prevenção ao greening, ou Huanglongbing (HLB), uma das mais graves e destrutivas doenças que afetam a cultura dos citros. O coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas e diretor-geral adjunto da Secretaria, Clair Kuhn, deu as boas-vindas aos participantes do encontro, que ocorreu de forma híbrida.

A chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapi, engenheira agrônoma Rita de Cássia Antochevis, falou sobre as “Estratégias para Prevenção e Controle à Doença Huanglongbing (HLB)/Greening”. Segundo ela, a Seapi vem realizando ações para prevenir a entrada da doença. “Estamos isolados aqui no Rio Grande do Sul, como estado sem ocorrência do HLB. Em 2012 ele foi detectado na Argentina, em dezembro do ano passado no Uruguai e em Santa Catarina”, afirmou.

De acordo com Rita, de abril de 2022 a abril de 2023, nos 34 mil hectares de citros plantados no Rio Grande do Sul (21 mil de laranja e 13 mil de bergamota), a Secretaria realizou ações de campo em 1.800 hectares de 213 propriedades rurais das diferentes regiões, para o monitoramento do HLB, cerca de 5% da área de citros no Estado.  “Fizemos coletas de amostras, sendo que 15 foram negativas para a doença”.

Além disso, a engenheira agrônoma contou que as equipes fizeram e fazem barreiras fitossanitárias nos seis postos de fiscalização da Secretaria. “No posto de Torres, a fiscalização das cargas é de 24 horas, por ser o de maior movimentação no Estado. Nos outros há equipes volantes”, esclareceu Rita.

Segundo ela, durante esse período de um ano, ainda foram realizadas 14 campanhas de educação sanitária em conjunto com a Emater/RS-Ascar nas diferentes regiões do Rio Grande do Sul, também transmitidas de forma on-line. “Uma delas teve alcance de mais de mil pessoas. Essa divulgação é muito importante, porque não conseguimos estar em todas as propriedades que cultivam citros, e é fundamental que os agricultores possam reconhecer os sintomas da doença e recorram à Seapi, para que as equipes possam ir lá coletar uma amostra e tomar uma medida rápida”, explicou Rita.

Os próximos passos, segundo ela, são a capacitação de técnicos da Emater ainda em maio em São Sebastião do Caí e em Encantado; coletas de Diaphorina (inseto vetor das bactérias que causam o grenning);e fiscalização de viveiros e comerciantes de mudas cítricas.

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