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A primeira reestimativa da safra de laranja 2023/24 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, divulgada nesta segunda-feira (11) pelo Fundecitrus, mantém a projeção de maio deste ano, de 309,34 milhões de caixas de 40,8 kg.
A distribuição irregular de chuvas, que se intensificou neste ano, foi a principal responsável pela manutenção do volume esperado para a safra. As chuvas foram muito frequentes e volumosas de janeiro a abril de 2023 em todo o cinturão citrícola, excedendo em 6% a média climatológica (1991-2020), e depois se tornaram escassas com a chegada da estação seca, ficando 26% abaixo da média para o período de maio a agosto.
O coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Vinícius Trombin, explica que as chuvas do início do ano e as temperaturas mais amenas possibilitaram a manutenção da umidade do solo durante o período de colheita das variedades precoces. “Com isso, os frutos colhidos apresentaram um peso médio superior às projeções feitas em maio, o que justifica a revisão positiva da estimativa dessas variedades", diz.
“Entretanto, a escassez de chuvas de maio a agosto impactou negativamente o desenvolvimento dos frutos da variedade Pera, tornando necessário revisar ligeiramente para baixo o peso médio projetado desses frutos. Esta é a fotografia do momento”, completa. Além disso, a colheita da variedade Pera está bem mais adiantada neste ano em relação ao ano anterior, ou seja, uma parte significativa da safra de laranja Pera não se beneficiará das chuvas previstas para a primavera.
Diante desse cenário, a diminuição da estimativa de produção dessa variedade está sendo compensada pelo aumento da produção das precoces, o que mantém inalterado o valor total estimado da safra.
Considerando todas as variedades, o tamanho médio dos frutos permanece o mesmo em relação à projeção feita em maio de 2023, que é de 247 frutos para compor uma caixa de 40,8 kg. Isso equivale a laranjas de 165 gramas, peso um pouco acima da média dos últimos 10 anos, que é de 163 gramas. Nesta reestimativa, o tamanho médio dos frutos das variedades Hamlin, Westin e Rubi aumentou de 134 para 139 gramas por fruto. As laranjas das outras variedades precoces aumentaram de 161 para 163 gramas por fruto. A laranja Pera que estava estimada em 168 diminuiu para 164 gramas por fruto. Os tamanhos dos frutos das demais variedades tardias não foram alterados devido ao baixo volume colhido até o momento.
A projeção da taxa de queda de frutos é mantida em 21,0%, em média, considerando todas as variedades. Na distribuição da taxa de queda entre as variedades, a da Hamlin, Westin e Rubi subiu para 10,80% e das outras variedades precoces passa para 12,00%.
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