Frutas brasileiras têm alta de 24,7% no volume exportado

Demanda internacional aquecida e condições climáticas favoreceram o crescimento no primeiro trimestre de 2025

22.04.2025 | 15:58 (UTC -3)
Telma Martes

O setor de fruticultura brasileira teve um desempenho expressivo no primeiro trimestre de 2025. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), por meio da plataforma AgroStat, do Ministério da Agricultura (Mapa) as exportações totais de frutas somaram cerca de US$ 280 milhões, o que representa um aumento de 1,47% em valor e 24,78% em volume, em relação ao mesmo período de 2024.

Entre os destaques do período estão o melão (US$ 70,9 milhões e 93,2 mil toneladas), com crescimento de 22,68% em valor e 24,55% em volume; a melancia (US$ 32,1 milhões e 52,9 mil toneladas), com alta de 90,88% em valor e 90,15% em volume; o limão/lima (US$ 40,2 milhões e 47,6 mil toneladas), com aumento de 7% em valor e 20,38% em volume; e a banana (US$ 5,8 milhões e 15 mil toneladas), que cresceu 74,26% em valor e 131,22% em volume.

O bom desempenho dessas frutas é atribuído à demanda internacional aquecida, aos investimentos do setor em qualidade, tecnologia e logística, à abertura de novos mercados e, também, às condições climáticas favoráveis durante a safra 2024/2025, que contribuíram para o padrão de qualidade exigido pelo mercado externo.

A maçã também apresentou forte recuperação, com crescimento de 93,64% em valor e 85,63% em volume, resultado direto de uma safra mais regular, após os prejuízos causados por eventos climáticos na temporada anterior nas principais regiões produtoras do Sul do país.

Apesar do cenário positivo no trimestre, algumas frutas apresentaram queda nas exportações. A manga teve retração de 48,94% em valor e 13,01% em volume, enquanto a uva caiu 23,13% em valor e 9,37% em volume. O resultado em ambas as culturas pode ser atribuído, principalmente, ao mercado interno aquecido com preços competitivos em relação à exportação.

Para o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, os números são animadores. “Esses resultados refletem o esforço do setor produtivo, o investimento em qualidade e logística, e a abertura de novos mercados. esse crescimento mostra que estamos no caminho certo para consolidar o Brasil como referência mundial em frutas tropicais. Mesmo com quedas pontuais em algumas frutas, o saldo é muito positivo”.

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