Produção de látex pode marcar nova fase do agronegócio tocantinense

15.06.2012 | 20:59 (UTC -3)
Elmiro de Deus

“A produção de seringueira é mais uma alternativa para o avanço do agronegócio tocantinense, principalmente para os pequenos produtores, por ser uma atividade altamente rentável”,expressou o secretário Jaime Café ao lançar os três polos de produção da seringueira: Cantão, Meio-Norte e Sudeste. O lançamento foi realizado nesta sexta-feira, 15, durante o l Seminário de Polos de Produção de Seringueira, na Faculdade Antônio Propício Aguiar Franco, em Pium, a 119 km de Palmas, região Centro-oeste do Estado.

A implantação dos polos no Tocantins faz parte do programa de Fomento ao Plantio e Incentivo da Seringueira pelo governo do Estado. Nesta primeira etapa serão cultivados 5.040 hectares e o objetivo é incluir os pequenos e médios produtores na atividade. Para o secretário, Jaime Café, a implantação destes polos marca uma nova fase na economia tocantinense. “É uma grande oportunidade para os pequenos produtores. Isso mostra o interesse do governo do Estado em promover a qualidade de vida para o homem do campo”, enfatizou.

O produtor Sergio Sebastião, do município de Barrolândia, aposta nessa cultura desde 1976. “É uma atividade que ninguém acreditava, mas hoje muitos produtores estão vendo que é bastante lucrativa. No ramo do agronegócio essa é uma das mais rentáveis e tem um ciclo de atividade em torno dos 40 a 50 anos”, disse o produtor, que atualmente produz cerca de 250 mudas. “As mudas são vendidas facilmente para os produtores. Mas o meu projeto é de plantar 150 mil pés de seringueira”, reforçou.

O engenheiro agrônomo e ministrante da palestra, “Comercialização da Produção dos Seringais, Aldoir José Lucatto Júnior, falou sobre a grande demanda de produção de látex no Brasil e no mundo. “Atualmente o Brasil produz 30% do látex, o restante cerca de 70% é importado de outros países. Isso demonstra o grande espaço para investimento nesta área. A produção mundial de grande escala é centrada, basicamente em três países. Malásia, Tailândia e Indonésia”, destacou.

Durante o evento, os produtores também assistiram palestras sobre ‘Aspectos Relacionados às Linhas de Crédito, com Romilton da Paixão (foto), que é analista de crédito do Banco da Amazônia; Linhas de Crédito do Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono, com Elondir Biazibetti, entre outros.

João Antônio Trindade é um dos pioneiros na plantação de seringal, em Pium. Ele iniciou ainda 1982 e se diz contente com a atividade que escolheu. A sua produção mensal é de 17 toneladas e uma renda anual de R$ 144 mil, com 14 mil pés de seringueira. “Mas agora com esse incentivo do governo quero plantar outros 15 mil pés. Já tenho experiência e sei que é muito lucrativo”, almejou. Trindade disse ainda que o látex produzido no Tocantins é considerado um dos melhores do País.

A área plantada com seringueira do município de Pium é de 345 hectares. Já na região, que abrange Paraíso e Cristalândia, o plantio com a cultura é de 500 hectares. O Tocantins possui atualmente cerca de 1.840 hectares, mas a expectativa do governo do Estado é chegar em 2015 com um plantio de 5.040 hectares de seringueira, beneficiando 1.260 famílias e um total de cinco mil pessoas.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro