CNA lança Política de Governança Climática da Agricultura na Rio+20
A utilização da mandioca, de forma integral, na alimentação animal, foi apenas um dos assuntos tratados, durante o 12º Seminário da Mandioca e o 4º Seminário da Batata-doce, realizados nesta sexta-feira (15), em Santo Antônio da Patrulha, com a participação de mais de 130 pessoas.
Segundo o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Harold Ospina Patino, a raiz da mandioca é fonte de energia, enquanto o caule e as folhas são ricos em proteínas e fibras, podendo ser destinados para alimentação animal. O pesquisador apresentou ainda alternativas de uso destas culturas para diversas espécies animais.
Já o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Nereu Streck, apresentou como o cultivo de mandioca se comporta quando submetido a diferentes fatores ambientais, como a seca, a irrigação, entre outros.
Na parte da tarde, Zeferino Chielle, da Federação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) apresentou o boletim com o zoneamento agroclimático da mandioca para o Rio Grande do Sul e afirmou que o documento é uma garantia para que o produtor possa solicitar financiamentos junto às instituições bancárias. Chielle destacou a utilização da mandioca para a elaboração de rações animais, álcool, produtos farmacológicos, entre outros produtos, e as novas possibilidades de mercado com estes produtos.
Após, José Ernani Schwengber e João Pedro Zabaleta, da Embrapa Clima Temperado de Pelotas, falaram da pesquisa que é realizada no Estado para analisar como as cultivares podem ser melhoradas, considerando as condições climáticas e de solo do Estado, principalmente com relação à resistência à doenças. Zabaleta destacou ainda o uso de resíduos da cultura da batata-doce para a alimentação de aves coloniais.
O professor da UFRGS, Haroldo Ospina Patino, disse que três pesquisadores da Faculdade de Agronomia estão se dedicando a pesquisas com batata-doce e mandioca, visando a sanidade e novos mercados, enquanto o professor da UFSM, Nereu Streck, salientou os resultados encontrados nas pesquisas feitas pela Universidade referente a estes dois produtos.
Já os agrônomos da Emater/RS-AScar, José Alencar Rugeri e Moacir Bonotto, apresentaram como a assistência técnica e extensão rural têm trabalhado com as culturas da mandioca e batata-doce ao estruturar, junto com os agricultores, unidades demonstrativas que reproduzem condições similares às encontradas nas propriedades rurais, facilitando a compreensão do comportamento de diferentes variedades e das práticas de cultivo.
Na sequência, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Márcio Dalbem, falou que a agroindustrialização é uma alternativa, mas deve ser bem avaliada pelo produtor, já que este necessitará dominar o processo de produção, de processamento e da comercialização. “Alguns produtores têm o perfil adequado para enfrentar estas tarefas, outros não”, completou.
Dalbem explicou que o evento foi realizado em Santo Antônio da Patrulha porque o município tem uma área de dois mil hectares plantados, sendo o terceiro maior produtor de mandioca do Estado e, da região Metropolitana, o primeiro. “Queríamos mostrar aos produtores o que vem sendo feito pela pesquisa e pela extensão, buscando qualificar a cadeia produtiva, ampliar os mercados e gerar mais renda às famílias que vivem no meio rural”, avaliou.
O evento foi promovido no Espaço Cultural Qorpo Santo, pela Emater/RS-Ascar, Federação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com apoio da Prefeitura de Santo Antônio da Patrulha, Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
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