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A produção brasileira de biodiesel deve crescer 50% em 2010 em relação a 2009, alcançando 2,4 bilhões de litros. A informação e os avanços do mercado de biodiesel no Brasil foram apresentados, nesta quinta-feira (30), pelo secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, no I Seminário Internacional Universidade-Sociedade-Estado, realizado em Buenos Aires (Argentina). Durante o encontro, representantes de governo e acadêmicos da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai discutiram as políticas públicas adotadas para impulsionar o uso de energias renováveis.
De acordo com o secretário, o programa brasileiro de biodiesel, com apenas cinco anos, já mostra resultados expressivos. A produção do biocombustível saiu de 732 mil litros, em 2005, para 1,6 bilhão de litros, em 2009. “O governo criou condições e o mercado respondeu bem. Por isso, conseguimos antecipar em três anos o percentual da mistura obrigatória de 5% (B5) de biodiesel ao diesel”, explica.
A mistura obrigatória de biodiesel ao diesel foi instituída por lei em 2005 e prevê uma ampliação gradativa de percentual. O B5 deveria vigorar a partir janeiro de 2013, mas a regra foi antecipada para 2010. Conforme Bertone, a resposta do setor produtivo, tanto no contexto industrial como agrícola, possibilitou a medida. “A disponibilidade de óleo e a capacidade de processamento permitiu o atendimento de 5% da demanda de diesel no País, que deverá atingir 45 bilhões de litros em 2010”, informa o secretário.
Outro ponto que abordado foi a diversificação de matérias-primas para produção do biocombustível, apontada por Bertone como essencial para a promoção do desenvolvimento regional, um dos focos centrais do programa brasileiro. O biodiesel é feito, principalmente, a partir de soja, sebo bovino e caroço de algodão, produtos mais competitivos. A palma de óleo (dendê), oleaginosa mais produtiva do mundo, é apontada como outra alternativa. Cada hectare de palma rende até cinco toneladas de óleo, enquanto a soja alcança em torno de 500 quilos de óleo por hectare.
O secretário lembra que, para incentivar a produção de palma de óleo, o governo federal lançou, em maio, o Programa de Produção Sustentável da Palma de Óleo no Brasil, que indica áreas aptas para o cultivo, oferece linhas facilitadas de crédito e define investimentos em pesquisa e desenvolvimento da cultura. Até 2011, o governo vai aplicar R$ 60 milhões em melhoramento genético, ampliação da capacidade de produção de sementes e estabelecer parcerias internacionais com centros de excelência em palma de óleo.
O I Seminário Internacional Universidade-Sociedade-Estado, realizado até sexta-feira (1º), é promovido pelo Grupo Montevidéu, que reúne 21 universidades públicas e autônomas da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Laila Muniz
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