Preços de hortifrútis oscilam no mercado brasileiro em razão do clima

Conforme a Conab, variações significativas foram registradas nos preços de comercialização de tomates, cebolas, cenouras, batatas, e diversas frutas no último mês

20.03.2024 | 10:00 (UTC -3)
Revista Cultivar, com informações da Conab

Em um cenário em que o clima desempenha um papel crucial na produção agrícola, importantes regiões produtoras de hortifrútis no Brasil têm enfrentado condições adversas, afetando diretamente a oferta e, consequentemente, os preços no mercado atacadista. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), variações significativas foram registradas nos preços de comercialização de tomates, cebolas, cenouras, batatas, e diversas frutas no último mês, refletindo os impactos diretos do clima na agricultura nacional.

A produção de tomate, um dos principais hortifrútis do país, sofreu influência direta das altas temperaturas registradas em janeiro. O calor acelerou a maturação dos frutos, aumentando a oferta no mercado no início do ano. Contudo, isso resultou em uma menor disponibilidade para colheita em fevereiro, indicando um esgotamento precoce da safra de verão. Com a nova safra de inverno prevista para março/abril, os preços tendem a se estabilizar somente nos próximos meses.

Já a cebola teve sua oferta impactada pelas chuvas em regiões de plantio, especialmente no Sul do país, em Santa Catarina. A produção local, juntamente com a cebola importada, sofreu com essas condições climáticas adversas, levando a uma expectativa de alta nos preços.

Por outro lado, a cenoura registrou uma queda nos preços devido ao aumento na quantidade ofertada nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). A intensificação da colheita nos principais estados produtores contribuiu para a maior disponibilidade do produto, reduzindo os custos de deslocamento.

A batata, apesar de ter visto um aumento nos preços, apresentou uma alta menos intensa se comparada aos meses anteriores. O atraso no plantio causado pelo clima implicou em uma entrada mais tardia da safra das águas, mas a tendência é que os preços comecem a diminuir à medida que a colheita se acelera e a oferta aumenta.

Frutas: entre altas e baixas

No mercado de frutas, a banana destacou-se com um aumento significativo nos preços, afetada por ventanias e tempestades nas principais regiões produtoras. A laranja também viu suas cotações subirem devido à escassez nos pomares, apesar da demanda contínua.

A maçã experimentou instabilidades, com alta nos preços devido às chuvas que atrasaram a colheita da variedade gala. Espera-se, porém, uma queda nos preços nos próximos meses com o início da colheita da variedade fuji.

Em contraste, mamão e melancia apresentaram queda nos preços, influenciados pela oferta e demanda variáveis ao longo do mês, destacando a sensibilidade destes produtos às condições climáticas.

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